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Fórmula 1 GP do Brasil

Haas: Se quiséssemos marketing, chamaríamos Emerson em vez de Pietro

Chefe da equipe diz que comprometimento de Pietro com projeto foi ponto a favor do brasileiro em escolha

Pietro Fittipaldi, Dale Coyne Racing Honda

O brasileiro Pietro Fittipaldi foi anunciado na última sexta-feira como piloto de desenvolvimento e de testes da equipe norte-americana Haas na Fórmula 1. Campeão da Fórmula V8 3.5 em 2017, o piloto terá obrigações com a equipe no próximo ano, o que o fará não competir tanto quanto estava acostumado.

Segundo o chefe da equipe, Gunther Steiner, Pietro está comprometido com o time em um projeto de longo prazo.

“Ele está falando um pouco com outras fórmulas, mas ele não vai correr muito, porque precisamos muito dele”, disse Steiner em Interlagos.

“Uma coisa que foi minha exigência é que precisamos que ele esteja disponível. Se ele correr em algo, tem que ser algo que não conflite com as corridas de F1. E esse sacrifício confirma que ele quer fazer isso.”

“Eu disse a ele que ele pode competir às vezes, mas se ele pudesse se comprometer apenas com 50% do ano, isso não funcionaria.”

“(O quanto ele vai correr) é problema dele, uma coisa que ele sabe mais, ele sabe o que ele vai fazer. Se ele quer fazer outra coisa, ok. Mas não pode entrar em conflito com o seu trabalho aqui. Eu não quero destruir a oportunidade de correr em algum lugar também.”

Questionado se o sobrenome Fittipaldi ajudou Pietro a ser contratado, Steiner disse que a intenção da Haas com Pietro não é comercial.

“Eu conheço Max Papis, que é seu tio - porque ele mora a 30 milhas da minha casa na Carolina do Norte”, disse Steiner.

“Eu o conheço há algum tempo, e ele veio uma vez com o Pietro quando ele estava dirigindo na Fórmula Renault 3.5. Eu disse: ‘quando ele ganhar o campeonato ele pode voltar’, e ele voltou. Com certeza o sobrenome ajuda. Com certeza não o machuca, mas também o pressiona.”

“Eu não quero nada mais para a equipe por causa de seu avô. Esse não é o objetivo. E todo mundo pensa nisso, mas o que eu quero é gente boa para trabalhar. Se o nome dele é Fittipaldi ou Sanchez, não é um problema. Ele precisa ter algo que possa ser bom para nós. Isso não é publicidade. Se eu estivesse pensando assim, eu contrataria o Emerson.”

“Queremos melhorar o time. É claro que ele está comprometido com isso - e não há muitos jovens pilotos nesta fase estão comprometidos e podem aprender algo e ter potencial para o marketing.”

Reportagem adicional por Oleg Karpov

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Gabriel Lima
Fórmula 1
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