Mosley "teria cortado partes" de documentário sobre si mesmo
Ex-presidente da FIA e co-fundador da March Engineering, Max Mosley afirmou que o documentário sobre sua vida, que será lançado em março, não deixa nada para trás, mas admite que teria cortado algumas coisas se tivesse a chance
O documentário Mosley, focado na vida do ex-presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) Max Mosley, teve seu primeiro trailer divulgado ontem (veja abaixo) e mostra imagens do paddock da Fórmula 1 durante o GP de Mônaco de 2008, quando veio à público uma denúncia contra Mosley, um escândalo sexual envolvendo referências nazistas. O filme terá sua estreia no Festival de Cinema de Manchester, com uma sessão no dia 08 de março.
Como mostra o trailer, o filme não foge das controvérsias envolvendo a vida de Mosley, como o relacionamento com seu pai Oswald – líder da União Britânica de Fascistas anos antes da 2ª Guerra Mundial – e a denúncia de 2008 feita pelo jornal News of the World.
Mosley tem a direção de produção de Michael Shevloff, conhecido por outros programas e documentários sobre o mundo do automobilismo como 1: Life on the Limit, focado na evolução da segurança dos carros de F1 e o trabalho do Professor Sid Watkins.
Além do próprio Mosley, outras personalidades presentes no documentário são Bernie Ecclestone, Jean Todt, Flavio Briatore, Gerhard Berger e o ex-parceiro de Mosley na March, Robin Herd.
“O foco inicial do documentário era sobre como os acidentes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger em 1994 levaram ao Programa Europeu de Avaliação de Novos Carros (Euro NCAP) e a revolução em segurança de carros”, afirmou Mosley ao Motorsport.com. “Essa é uma história muito interessante e que poucos sabem. Mas aí foi crescendo e se transformando mais em um negócio sobre mim”.
“Tem tudo ali, incluindo o caso do News of the World e o que aconteceu desde então. A entrevista do Bernie é interessante, porque eles focam em descobrir de qual lado ele ficou quando a história surgiu”.
“Alguém perguntou se isso inclui o fato de Hitler ter sido um convidado no casamento de meus pais. A resposta é sim. O filme não deixa nada para trás, e isso provavelmente torna ele mais interessante para os outros”, comentou Mosley. “Há uma ou duas coisas ali que, se eu estivesse à frente, teria cortado. Mas aí acabaria com todo o propósito do filme – ele precisa ser independente”.
Mosley afirmou que, além de sua história pessoal, há vários elementos no documentário que vão animar os entusiastas do automobilismo. “Para um fã do esporte a motor é interessante, porque tem várias imagens de arquivo bem antigas. Muito conteúdo sobre a March que eu já havia esquecido ou nunca tinha visto antes”.
“Tem muito conteúdo para conseguir enfiar em uma hora e meia. É um pouco como meu livro – eu escrevi uma primeira versão e depois cortei 20 mil palavras, porque estava longo demais”.
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