Presidente da Ferrari faz acordo na justiça e pagará valor bilionário para acabar com caso de fraude
John Elkann e os irmãos buscam colocar ponto final em batalha fiscal; empresário também terá que prestar um ano de serviço comunitário

John Elkann, Ferrari Chairman
Foto de: Kym Illman - Getty Images
Envolvido em uma batalha judicial pela herança da avó, o presidente da Ferrari, John Elkann, entrou em um acordo com as autoridades italianas para resolver a disputa fiscal, que se arrastava já há alguns anos. Junto com os irmãos Lapo e Ginevra, os três terão que pagar 183 milhões de euros (R$1,16 bilhão) e Elkann também concordou em prestar um ano de serviço comunitário.
Tudo começou por causa de uma disputa entre os três irmãos e a mãe, Margherita Agnelli, pelo patrimônio de Gianni Agnelli, ex-presidente da Fiat e avô de Elkann. Agnelli foi um símbolo do 'boom' econômico na Itália durante o pós-guerra e faleceu há 20 anos. No ano passado, por causa desse caso, um juiz em Turim apreendeu dinheiro e bens avaliados em quase 75 milhões de euros (R$475 milhões) de cinco pessoas, incluindo os irmãos.
Margherita quer anular acordos que foram assinados por ela em 2004, após a morte do pai, em uma tentativa de que o espólio de 1,2 bilhão de euros (R$7,6 bilhões) de Gianni vá para os cinco filhos de seu segundo casamento. Além dos processos fiscais e criminais, há também um processo cível em andamento, opondo a mãe a três dos oito filhos, incluindo John.
Com base na legislação suíça, onde residia Marella Caracciolo, viúva de Agnelli, Margherita abriu mão de parte da herança do pai em favor dos três filhos com Alain Elkann (John, Lapo e Ginevra). No entanto, a mulher passou menos da metade de 2018 no país e os irmãos deveriam ter pagado 175 milhões de euros (R$1,1 bilhão) em impostos sobre a herança.
Agora, um acordo foi aprovado pelos promotores do caso, buscando dar um basta na disputa, mesmo que ainda tenha que ser aprovado por um juiz. As autoridades pediram ao magistrado que o processo contra os três irmãos seja arquivado. Em julho, um porta-voz havia dito que um acordo tinha sido alcançado, sem fornecer valores. Na Itália, esse tipo de termo não implica admissão de culpa.
O pagamento encerra as investigações sobre fraude de herança e Elkann deve propor em que local prestará serviço comunitário.
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