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Prost não acredita em inocência da Racing Point em protesto: "É impossível reproduzir um carro sem a ajuda de outra pessoa""

O tetracampeão diz que não acredita argumento da Racing Point, alegando que é necessário ajuda externa para obter uma cópia tão boa

Lance Stroll, Racing Point RP20, in the pit lane

Após o final do GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1, a Renault protocolou um terceiro protesto contra a Racing Point, novamente sobre os dutos de freio da equipe britânica, alegando que eles representam uma quebra de regulamento.

Desde o início do ano, a Racing Point não tem escondido o fato de ter adotado um projeto similar ao da Mercedes de 2019, gerando dúvida de seus rivais sobre a legalidade do RP20, que se mostrou muito competitivo.

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A Renault não ficou de braços cruzados e, exceto no GP da Áustria, protocolou protestos à FIA em todas as etapas seguintes, usando o duto de freio como bode expiatório.

O terceiro protesto teve também um tom crítico à FIA por parte da montadora, porque a Federação havia anunciado que o resultado sairia após o GP da Hungria, porém a audiência acabou ficando para esta semana, entre os GPs em Silverstone.

Enquanto o paddock espera um veredito, o diretor não-executivo da equipe e tetracampeão Alain Prost, falou sobre o tema, dizendo que acredita que a decisão pode definir o modelo que a F1 quer para seu futuro.

"Que Fórmula 1 queremos no futuro? Se permitiremos o modelo Racing Point, devemos nos perguntar se isso é bom ou ruim para o esporte. Na minha opinião, é ruim", disse Prost à Auto Motor und Sport.

"Não tenho nada contra a Racing Point. Ao contrário. Tenho um grande respeito pela equipe, desde que eram Force India. Porque sempre foram extremamente eficientes. Nenhuma equipe fez tanto com tão pouco. São verdadeiros competidores britânicos".

"Também não tenho nada contra a Mercedes. Fizeram um trabalho incrível nos últimos 10 anos e fizeram a melhor transição para a tecnologia híbrida de todos".

Porém, Prost está convencido que o argumento apresentado pela Racing Point, de que fez seu carro com base em fotos tiradas da Mercedes, não bate.

"É ingênuo afirmar que é possível copiar um detalhe ou um carro inteiro de modo fiel ao original apenas por fotos. Todos sabemos que isso não é possível. Incluindo as pessoas que dizem isso. Simplesmente não funciona".

"Quando você copia uma Mercedes tão fielmente, você precisa de ajuda externa. Não é simples trocar todo um conceito de veículo. De um carro que estava alto na parte traseira para um que está baixo na parte traseira como a Mercedes".

Recentemente, a Racing Point afirmou ter 886 desenhos dos projetos que chegaram até o resultado atual dos dutos de freios. Porém, nem isso satisfaz Prost.

"Não é possível desviar dois milímetros em um ponto e três em outro, só para dar a impressão de ter desenhado a peça sozinho. A aerodinâmica é tão complexa que não funcionaria com esses pequenos erros".

"Porque, hoje em dia, um detalhe está intrinsecamente conectado ao outro. Acredito que seja impossível reproduzir um carro sem a ajuda de outra pessoa. Os desenhos por si não são suficientes. Também temos que entender como e porque funciona e porque não funciona. Isso requer uma troca de informação".

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