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Fórmula 1 GP da Hungria

Senna: "Quando eu tiver outra chance dá para fazer ainda mais"

Brasileiro classifica oportunidade de treinar com carro da Renault no treino livre para o GP da Hungria como "interessante"

Bruno Senna em Hungaroring

O trabalho de Bruno Senna na Renault na primeira sessão de treinos livres durou 25 voltas e muita conversa com os engenheiros do time. Ao final da sessão, o piloto foi ouvido pela reportagem do TotalRace, em Hungaroring.

“Foi interessante. Claro que teve um pouco de sobrecarga com Kers e DRS (asas traseiras móveis). Depois de algumas voltas, me acostumei a eles, então não atrapalhou muito. Mas foi difícil me adaptar aos pneus, pois quando dominei o Kers e o DRS, os compostos já tinham ido embora, principalmente os traseiros”. 
 
“Fizemos duas voltas de instalação no carro para checar algumas coisas, então perdemos temperatura nos pneus. Quando eu entrei no primeiro run, o pneu estava frio. Algumas coisas não foram perfeitas, mas com a degradação que eu tive do pneu e o jeito que eu estava pilotando no começo, até que foi bom trabalho. Óbvio que gostaria de estar mais perto do Vitaly, mas com apenas um jogo, fiz o que dava pra fazer. Quando eu tiver outra chance dá para fazer ainda mais”.
 
A experiência de Bruno se resumia ao trabalho na Hispania, no ano passado, carro de pouco valor em comparação ao resto do grid. Em poucos giros, o brasileiro sentiu a diferença. “É outro esquema. Você pode atacar as curvas com mais confiança. A freada é mais estável, tudo é mais estável. Essa pista é difícil. O treino estava com zebras ainda molhadas. Eu não arrisquei muito nesses lugares, para não ter chance de fazer besteira. Importante é que me diverti. Sentei no carro e deu para ajudar em termos de acerto”.
 
Ontem, Bruno Senna avaliou que o trabalho com os engenheiros era mais importante do que o próprio tempo. “Acho que meu feedback foi bom, alinhado com o que Petrov falou e o que Nick sempre fala. Acho que equipe está contente com o trabalho. O interessante agora é ter mais experiência. Infelizmente, foi a primeira sessão em que não tivemos dois jogos de pneus”.
 
O único contato que o piloto teve com o carro da Renault foi em sessão de pré-temporada na pista espanhola de Jerez de la Frontera. Cinco meses se passaram e o carro se transformou. “Deu pra sentir muita diferença. Principalmente no controle do acelerador e estabilidade no meio da curva, com transição da freada para a aceleração. O carro está bem mais refinado do que em Jerez. Deu-se um pulo bem grande no desenvolvimento”.
 
Engana-se quem pensa que a Renault pegou leve com Bruno por sua pouca experiência. “Tive pouquíssimos erros de procedimento. Eles tentaram me sobrecarregar para ver se eu fazia besteira e, no final das contas, foi um trabalho consistente”.
 

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