Vergne: chegada de Hartley à Toro Rosso “me faz rir”
Francês acha irônico que equipe B da Red Bull tenha contratado o neozelandês, que foi o piloto dispensado para abrir vaga ao próprio Vergne na base
Ex-piloto da F1, Jean-Eric Vergne disse que a escolha da Toro Rosso por Brendon Hartley “o faz rir” depois de o neozelandês ter sido dispensado pela Red Bull no passado.
Em entrevista coletiva dos preparativos para o ePrix de Paris da Fórmula E, Vergne comentou a movimentação que fez com que Hartley se tornasse piloto definitivo da Toro Rosso oito anos após deixar o programa da Red Bull.
“Me faz rir que a Red Bull tenha chamado Hartley, levando em conta que foi ele que foi demitido para que me dessem sua vaga na World Series by Renault”, disse Vergne. “Acho isso bastante divertido.”
Vergne acrescentou que, caso o também ex-Toro Rosso e atual piloto da Fórmula E Sebastien Buemi tivesse sido contratado para a vaga de Hartley, ele “provavelmente seria demitido depois de um ano, sem opções em equipe de ponta, já que o carro não é bom o suficiente”.
O piloto da Techeetah, que lidera a temporada da Fórmula E, também explicou como a ida à categoria elétrica depois de ter sido demitido da Toro Rosso, no fim de 2014, ajudou em seu psicológico.
“A entrada na Fórmula E foi o momento mais difícil da minha carreira depois de deixar a F1”, disse. “Mas, analisando agora, acho que foi o ponto de virada da minha carreira.”
“Em qualquer situação difícil ou negativa, há pontos positivos a traçar. Você precisa apenas extraí-los.”
“Acho que fui muito sortudo em me juntar à Fórmula E no momento certo e rapidamente mudar minha mentalidade. Hoje, acho que é a melhor coisa que pode acontecer comigo.”
Agindo diferente após a F1
Vergne também analisou sua carreira em entrevista ao programa The Flying Lap, do Motorsport.tv.
O piloto de 27 anos explicou como mudou sua abordagem após sua saída da F1 e como ele analisa sua passagem pelo campeonato.
“Olhando para trás, eu poderia ter lidado com as coisas de forma diferente. Passei por 12 meses duros, olhando como eu poderia dar a volta por cima”, disse.
“Eu mudei muitas coisas na forma com que lido com o esporte. O positivo é que pude aprender com tudo o que aconteceu, e que hoje eu não acredito que eu possa me chatear na Fórmula E como me chateei na F1.”
“Fora do carro, consigo ver agora tudo com um olhar diferente, e, como piloto global, isso é muito melhor. Cheguei à F1 muito forte e confiante, mas algumas pessoas me destruíram totalmente.”
“Eu terminei em oitavo em minha primeira corrida e houve uma grande celebração na equipe. Eles estavam superfelizes. Voltei à garagem e disse: ‘Ei, isso foi só um oitavo lugar. Não é o que eu quero’.”
“Se eu voltasse agora, é algo que eu definitivamente mudaria. Eu estaria feliz com o oitavo lugar – e essa era a força de Daniel Ricciardo. Ele sempre estava feliz, independentemente do que acontecia. Acho que essa foi minha maior fraqueza.”
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