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Whitmarsh: "Precisamos muito mais dos EUA do que eles de nós"

Chefe da McLaren acredita que a F-1 é muito "mimada" por sempre estar em mercados nos quais há demanda e vê país como desafio

O chefe da McLaren, Martin Whitmarsh

O chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, afirmou que a Fórmula 1 precisa mudar sua maneira de se promover para fazer sucesso nos Estados Unidos. O dirigente, que também é presidente da associação das equipes, acredita que a categoria é muito “mimada” porque costuma ir para mercados em que há demanda, o que não deve acontecer entre os norte-americanos, que terão um GP a partir do ano que vem e provavelmente dois de 2013 em diante.

“Acho que o ponto de partida é que os Estados Unidos não precisam da F-1. Nós precisamos muito mais deles do que eles de nós. Na minha visão, precisamos nos comprometer por cinco ou mais anos, precisamos de um programa no qual todos trabalhem juntos para criar uma compreensão e um visibilidade que é necessária em qualquer novo mercado”, afirmou à TV americana Speed.

“Acho que são coisas que não fazemos porque fomos mimados e sempre fomos para mercados em que nos querem. Vamos, fazemos um show por três ou quatro dias, e esperamos que todos estejam felizes.”

Whitmarsh acredita que a categoria tem sorte de conquistar vários mercados no mundo e, apesar de ter marcado presença nos Estados Unidos no passado, precisa encarar o país como um novo mercado.

“Temos muita sorte de ter um produto que é amado e compreendido na Europa, na América do Sul e em algumas partes da Ásia mas, talvez por isso, nós, enquanto esporte, não olhamos o suficiente para novos mercados. E mesmo que tenhamos tido GPs nos Estados Unidos no passado, é um mercado novo para nós – e um grande mercado. Então, se vamos voltar, temos de tratá-lo desta maneira.”

O inglês acredita que o fato de haver dois GPs com contratos fechados no país, em Austin e em New Jersey, é uma necessidade.

“Acho que provavelmente precisamos de mais de um GP nos Estados Unidos e pessoalmente acredito que precisamos de uma filosofia diferente em relação a como abordamos o mercado norte-americano.”

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