Di Grassi sugere traçado para F-E em São Paulo
Vice-líder da temporada divulgou projeto de pista nos arredores do Parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo
Lucas di Grassi, vice-líder da atual temporada da Fórmula E, com 61 pontos - apenas um a menos do que o líder, Sébastien Buemi, divulgou nesta quarta-feira (13) um projeto, criado por ele, de um traçado para uma prova da categoria no Brasil.
O país tem forte presença na Fórmula E desde o início. Na primeira temporada do campeonato de carros elétricos, di Grassi, Bruno Senna e Nelsinho Piquet estiveram na disputa - o último se sagrou o primeiro campeão da categoria. Neste ano, o piloto da ABT Audi é quem vem se destacando, tendo vencido o ePrix de Putrajaya e andando sempre entre os primeiros colocados.
É baseado neste cenário de forte presença brasileira na categoria que surge a sugestão de di Grassi. Antes da temporada inaugural da categoria, chegou-se a dizer que a cidade do Rio de Janeiro seria sede de um ePrix, o que nunca aconteceu.
O traçado desenhado pelo brasileiro fica na região do Parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo. Com 2.105 metros de extensão, dez curvas e sentido anti-horário, a pista utiliza tanto as avenidas do lado externo como um trecho interno do parque, próximo ao lago. Di Grassi explica as razões pelas quais escolheu o local para projetar a pista.
"Acho que São Paulo, por ser a maior cidade do país, no Parque do Ibirapuera, que é o coração verde da cidade, onde as pessoas praticam atividades físicas e há um belíssimo cenário. Além disso, há a total possibilidade prática de se fazer uma pista para a Fórmula E correr lá", disse.
Além disso, o piloto da ABT Audi cita mais razões pelas quais a categoria deve desembarcar em breve no país. "O Brasil deu alguns bons passos em relação aos carros elétricos ao zerar os impostos de importação. É um bom início. Além disso, veículos movidos a eletricidade estão isentos do rodízio municipal de São Paulo e têm 50% de desconto no IPVA", afirmou.
"Uma corrida da Fórmula E acontecendo no Brasil é mais um estímulo para a importação e a produção destes veículos e seu uso nas cidades. É a única maneira que vejo de os grandes centros combaterem com mais eficiência os altos índices de poluição que ainda são gerados pelos veículos a combustão", completou.
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