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Alonso: "Estou 100% otimista para as 500 Milhas de Indianápolis"

Fernando Alonso asegura haber recibido una inyección de optimismo tras su tercer triunfo en lo que va de 2019, en las 6 horas de Spa.

Fernando Alonso, McLaren

Foto de: IndyCar

Fernando Alonso conquistou sua quarta vitória na atual temporada do Campeonato Mundial de Endurance (WEC) nas 6 Horas de Spa-Francorchamps no último final de semana. São três triunfos de três possíveis em 2019 (Daytona, Sebring e Spa), o que garante uma dose extra de confiança para o espanhol. Não só na busca pelo título da categoria, mas também para a disputa das 500 Milhas de Indianápolis, no dia 26 de maio.

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Em busca da Tríplice Coroa do Automobilismo, o bicampeão da Fórmula 1 tentará a vitória da Indy 500 (veja fotos dos testes abaixo) pela segunda vez. O espanhol já conquistou o lugar mais alto do pódio no GP de Mônaco da F1 e nas 24 Horas de Le Mans, em 2018. Alonso ressalva que a missão será difícil, mas garante estar empolgado.

"Eu definitivamente estou muito motivado. Estou completamente otimista agora para a Indy 500 porque os resultados estão me deixando com um sorriso no rosto. Mas sei que a corrida vai ser muito complicada, é a prova mais difícil da tríplice coroa [veja galeria de ganhadores abaixo]”, ponderou.

Antes de viajar a Indianápolis, porém, o espanhol quer comemorar a conquista do título de equipes da Toyota no WEC, o segundo da montadora japonesa: "A corrida em Spa foi difícil em termos de emoções e competitiva como esperado. A coisa mais importante era garantir o título de construtores”.

“Estou feliz com a Toyota e quero dar parabéns a toda a equipe. Foi surpreendente e esperamos ter o último capítulo desta bela história em Le Mans”. A mítica etapa francesa de endurance encerra o campeonato atual e Alonso pode vencer a prova pela segunda vez consecutiva. Para sacramentar o título de pilotos ao lado de Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima, não é preciso tanto assim. O trio lidera com folga e não necessita do triunfo.

Tríplice Coroa

Alonso já confirmou que deixará o WEC no fim da atual temporada. Como dito, o foco do piloto é conquistar a Tríplice Coroa do Automobilismo, feito só alcançado por Graham Hill. O Motorsport.com relembra outros nomes que chegaram perto da façanha em galeria com fotos exclusivas. Confira a seleção, que conta com estrelas como Bruce McLaren, Jim Clark, Mario Andretti, Emerson Fittipaldi, Jacques Villeneuve e Juan Pablo Montoya, além, é claro, de Alonso:

Tazio Nuvolari
Tazio Nuvolari (na foto com o capacete branco) é um caso especial, já que ele não competiu no campeonato mundial de F1 como tal, que não existia antes da Segunda Guerra Mundial. Foi uma das lendas do período entre as guerras, entre outras coisas, por sua vitória no Grande Prêmio de Mônaco de 1932 com a Alfa Romeo.
Tazio Nuvolari
O italiano, uma das grandes estrelas da época, também venceu as 24 Horas de Le Mans em 1933. Em 1938 ele tentou se classificar para a Indy 500, mas não conseguiu.
Maurice Trintignant
Maurice Trintignant começou sua carreira pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Ele competiu nas 24 Horas de Le Mans em 1950 e venceu em 1954 pela Ferrari, com José Froilán González.
Maurice Trintignant
Participante da primeira temporada da Fórmula 1, ele ganhou duas vezes em Mônaco: 1955 (Ferrari) e 1958 (Cooper). Ele nunca correu em Indianápolis.
Mike Hawthorn

Mike Hawthorn é um dos protagonistas da famosa edição de 1955 das 24 Horas de Le Mans, marcada pelo terrível acidente que matou 84 pessoas. Ele é considerado por muitos o culpado pelo desastre. Hawthorn diminuiu a velocidade na entrada dos boxes e acabou ocasionando uma batida: a Mercedes de Pierre Levegh, depois de tocar Austin Healey, de Lance Macklin, ficou descontrolada.

O piloto morreu no local e seu carro colidiu com o público. A etapa continuou, pois a direção de prova achou que seria conveniente não criar engarrafamentos na saída do circuito que atrapalhassem a chegada de ambulâncias, e Hawthorn venceu com Ivor Bueb com o Jaguar.

Mike Hawthorn
Campeão do mundo da Fórmula 1 em 1958, não conseguiu vencer em Mônaco. Só obteve a vitória nas 24 Horas de Le Mans em 1955, deixando pendente seu nome nas outras duas provas do trio.
Phil Hill
Phil Hill, como Hawthorn, figura entre os campeões cujo legado é talvez o menos conhecido da geração atual, embora seus registros sejam realmente impressionantes. Ganhou as 24 Horas de Le Mans em três ocasiões: em 1958, 1961 e 1962 (foto), sempre com o belga Olivier Gendebien como parceiro e sempre com a Ferrari.
Phil Hill
Campeão mundial de F1 em 1961, ele foi duas vezes terceiro em Monte Carlo (1960 e 1961). Em três ocasiões venceu Le Mans mas, apesar de ter uma nacionalidade americana, nunca correu em Indianápolis. 1961 foi uma temporada amarga: ele ganhou o título, mas viu seu companheiro de equipe Wolfgang von Trips morrer em Monza.
A.J. Foyt
O norte-americano AJ Foyt é uma lenda das corridas nos EUA e também um dos dois únicos pilotos nesta galeria que ganharam a Indy 500 e Le Mans. Nas 500 Milhas de Indianápolis tem nada menos que quatro vitórias: em 1961, 1964, 1967 e 1977 (foto).
A.J. Foyt
Em 1967, ele também ganhou as 24 Horas de Le Mans, apenas dez dias depois de vencer em Indianápolis. Isso, dividindo o carro Ford MK IV com o seu compatriota Dan Gurney.
Bruce McLaren
Bruce McLaren, um dos pilotos mais jovens a estrear na época, venceu o Grande Prêmio de Mônaco em 1962 com Cooper. Seria a terceira de suas quatro vitórias na elite.
Bruce McLaren
Em 1966, quando lançou seu próprio time, a McLaren, ele ganhou com seu parceiro e compatriota, o neozelandês Chris Amon, as 24 Horas de Le Mans (foto), pilotando um Ford GT-40. Ele tentou se classificar para o 500 Milhas de Indianápolis em 1968, mas sua inscrição foi eliminada no último minuto pelo próprio Carrol Shelby, que disse que seu carro era muito poderoso.
Jim Clark
O lendário escocês Jim Clark criou muito do seu mito na Fórmula 1, onde ganhou dois títulos (em 1963 e 1965) e alcançou 25 vitórias. Mas nenhum deles foi nas ruas de Mônaco.
Jim Clark
Seus números na Fórmula se somaram à sua impressionante vitória em Indianápolis em 1965, um evento em que ele também terminou em segundo lugar duas vezes (1963 e 1966), todos com Lotus. Ele correu três vezes as 24 Horas de Le Mans, e seu melhor resultado foi um terceiro lugar em 1960, ao volante de um Aston Martin DBR1.
Graham Hill, Lotus 49B Ford
Graham Hill é o único homem no mundo que pode se orgulhar de ter conquistado a Tríplice Coroa como se fosse um título oficial. De fato, em sua longa carreira na Fórmula 1 ele ganhou dois campeonatos mundiais (em 1962 com a BRM e em 1968 com a Lotus) e cinco vezes o Grande Prêmio de Mônaco entre 1963 e 1969, uma vez a menos que Ayrton Senna.
Graham Hill
Em 1966, o britânico competiu pela primeira vez em Indianápolis 500 e venceu a corrida americana depois de sair do 23º. Durante as duas temporadas seguintes, ele tentou repetir o sucesso, mas não conseguiu.
Graham Hill
E finalmente, em 1972, dirigindo uma Matra e com Henri Pescarolo como companheiro de equipe, ele venceu as 24 Horas de Le Mans, onde ficou em segundo em 1964 e 1965.
Jochen Rindt
Em 1965, quando começou em tempo integral no campeonato mundial de F1, o austríaco Jochen Rindt ainda tinha um pé no endurance, onde venceu as 24 Horas de Le Mans na American Masten Gregory, dirigindo uma Ferrari 250LM.
Jochen Rindt
Na F1, pilotando o famoso Lotus 72C, ele faria uma temporada quase perfeita em 1970 que lhe dará o título, embora tenha sido uma triste coroação: ele morreu em Monza, a três corridas do final da temporada. Ele é o único campeão póstumo da Fórmula 1. Naquele ano ele ganhou o GP de Mônaco. Em sua carreira, ele também correu a Indy 500 duas vezes, com 24 º lugar como melhor resultado, em 1967.
Mario Andretti
Mario Andretti participou da Indy 500 desde 1965 até 1994 faltando apenas a edição de 1979, conquistando a vitória no lendário oval em 1969 (foto).
Mario Andretti
Na Fórmula 1, apesar de ter sido campeão mundial na temporada de 1978 com a Lotus, o norte-americano nunca venceu o Grande Prêmio de Mônaco. Quanto às 24 horas de Le Mans, que correu oito vezes entre 1966 e 2000, seu melhor resultado foi um segundo lugar em 1995 com um Courage.
Emerson Fittipaldi
O brasileiro Emerson Fittipaldi foi bicampeão mundial de Fórmula 1 pela Lotus em 1972 e pela McLaren em 1974, mas não conseguiu a vitória em Mônaco.
Emerson Fittipaldi
Após sua carreira na F1, ele participou da CART, onde ganhou a Indy 500 duas vezes, em 1989 e 1993 (foto).
Jacques Villeneuve
Jacques Villeneuve iniciou sua carreira na Europa antes de retornar à América do Norte para competir na Atlantic Formula e na CART. Nesse campeonato, em 1995, ele venceu o Indianapolis 500.
Jacques Villeneuve
Ele chegou à F1 com a Williams em 1996, e o canadense foi proclamado campeão mundial em 1997, após a histórica batalha contra Michael Schumacher em Jerez. Ele não ganhou o GP de Mônaco. Nas 24 Horas de Le Mans, que correu em dois anos, ficou em segundo lugar com a Peugeot em 2008, ficando com a vitória em Indianápolis como o único triunfo do trio.
Juan Pablo Montoya
Como Villeneuve, o colombiano Juan Pablo Montoya escreveu sua história nos Estados Unidos, no campeonato da CART - que venceu em 1999 - antes de alcançar sua primeira vitória em Indianápolis, em 2000. Ele repetiria essa performance 15 anos depois, em 2015, quando ganhou novamente.
Juan Pablo Montoya
Entre as duas vitórias, Montoya esteve, entre outras categorias, na Fórmula 1 com as equipes Williams e McLaren. Com a Williams, em 2003, ele venceu o GP de Mônaco. Embora tenha negociado com a Porsche nas temporadas anteriores, sua estreia nas 24 Horas de Le Mans aconteceu em 2018, com o LMP2 da United Autosports que não lhe dava chance de vencer.
Fernando Alonso
Após o Campeonato Mundial de F1 de 2005, Alonso venceu o GP de Mônaco de 2006, ano em que se tornaria bicampeão. Essa foi a primeira jóia de sua coroa. Ele repetiu o sucesso, com a McLaren, na edição de 2007.
A glória em Le Mans

Preparando seu estágio fora da Fórmula 1, Alonso disputou com a Toyota o WEC 2018/2019 em paralelo com sua última temporada na primeira divisão. Como a única equipe oficial com um carro híbrido, Alonso e seus companheiros de equipe ultrapassaram seu rival, que era o outro protótipo da Toyota, e o espanhol conseguiu a segunda jóia com Nakajima e Buemi.

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