Brasil, Arábia Saudita e continuidade como CEO: os planos de Ezpeleta para o futuro da MotoGP
Em entrevista à 'GPOne', o chefe da Dorna detalha os planos para os próximos anos da categoria rainha

A MotoGP quer continuar a se expandir pelo mundo. A temporada 2025 será a mais longa da história do campeonato, com nada menos que 22 GPs e, desta vez, eles serão realizados em totalidade. Após os cancelamentos dos últimos anos, com eventos em países como Finlândia, Cazaquistão e Índia, este ano não haverá mudanças no calendário, apesar de retornos como a República Tcheca e chegadas como a Hungria.
Em entrevista à GPOne, o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, afirmou categoricamente que o Campeonato Mundial visitará a Hungria, como planejado, no final de agosto. E ainda mais depois que os últimos trabalhos preparatórios foram mostrados no novo circuito a ser adicionado ao cronograma, o Balaton Park.
"Salvo circunstâncias imprevistas, todos os GPs programados serão realizados este ano, não tenho dúvidas quanto a isso", começou o chefe espanhol. "Tudo está indo de acordo com o planejado na Hungria. Nossa equipe esteve lá esta semana e os trabalhos serão concluídos a tempo. Não estamos preocupados, especialmente porque o Campeonato Mundial de Superbike também estará lá no último fim de semana de julho".
Mas a Hungria não é o único desafio que a MotoGP enfrentará nos próximos anos. Em 2026, o GP do Brasil estará de volta , depois de mais de 20 anos sem uma visita ao país latino-americano. Ele será realizado no circuito de Goiânia."A visita ao Brasil para 2026 é fixa, não há espaço para discussão. Não há necessidade de fazer muitas mudanças na pista, mas as instalações serão completamente renovadas. Fizemos a apresentação em março com o governo do estado brasileiro de Goiás", explica Ezpeleta sobre as mudanças a serem feitas na pista que leva o nome de Ayrton Senna.
Mas além do Brasil, muitos estão se perguntando quando a MotoGP finalmente dará o salto para a Arábia Saudita, um território que outras categorias do automobilismo já visitaram, como a Fórmula 1 e a Fórmula E, mas que ainda permanece inexplorado para o motociclismo, embora as duas rodas tenham sido pioneiras no Catar. É claro que as motos não podem visitar uma pista tão perigosa quanto Jeddah, sede da F1. O país asiático está construindo uma nova pista em Qiddiya, projetada pelo ex-piloto Alex Wurz, que deverá sediar em 2028, com os organizadores deixando claro que também querem que a MotoGP vá para lá.
Ezpeleta explica essa possibilidade:"A inauguração está planejada para 2028, mas também pode ser em 2029. É um projeto indescritivelmente complexo, que ofusca todo o resto. Até sua conclusão, a F1 continuará correndo em Jeddah".
Mais alguns anos no comando da MotoGP
O catalão também explicou mais detalhes sobre o futuro do Campeonato Mundial, por exemplo, a continuidade no comando da promotora Dorna Sports. Aos 78 anos de idade, está claro que sua saída está cada vez mais próxima. Ele ainda se vê no cargo por mais algumas temporadas, apesar dos rumores nos últimos meses de que o CEO da Aprilia, Massimo Rivola, e o CEO da F1, Stefano Domenicali, o homem por trás da Liberty Media, que está no processo de compra da Dorna, serem possíveis substitutos no comando da MotoGP.

"Sei que há muita especulação, mas se eu me mantiver saudável, gostaria de continuar por mais dois ou três anos. Esse é meu plano e minha visão. Eu me sinto confortável e bem em minha posição e ganhei muita experiência. Sem um emprego, eu iria desmoronar", disse.
No entanto, em Silverstone, Ezpeleta perderá seu primeiro GP desde que a Dorna comprou o Campeonato Mundial e que eles começaram a trabalhar juntos, no Japão, há 33 anos:"Estive em mais de 500 GPs consecutivos desde que a Dorna chegou, em Suzuka, em 1992. Mas, nos próximos dias, terei que passar por um pequeno procedimento médico e, por isso, perderei Silverstone. Mas, em três semanas, estarei de volta ao trabalho em Mugello, sentindo-me revigorado. Talvez eu até comece a correr", brincou.
Por fim, o chefe comentou sobre algumas outras medidas, como os planos da empresa para a classe menor da Moto3:"Queremos aumentar o tamanho da classe Moto3 por causa do limite de idade mais alto e da altura maior dos pilotos. Estamos conversando com vários fabricantes para projetar as novas motos. O mais provável é que optemos por motos de produção construídas por um único fabricante, mas as conversas ainda não terminaram. Os novos regulamentos não entrarão em vigor até 2028", concluiu.
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