Crutchlow revela incerteza em relação a material para testes
Cal Crutchlow não sabe o que a Honda reserva para ele no início dos testes de pré-temporada, que começam na próxima semana, em Sepang
Cal Crutchlow foi um dos destaques da temporada 2016 da MotoGP para a Honda depois de Marc Márquez, campeão da temporada. Mesmo pela LCR, equipe privada que utiliza a RC213V, o britânico conseguiu duas vitórias - ficando atrás apenas de Márquez, que venceu cinco vezes, superando Dani Pedrosa, piloto oficial da Honda, que venceu apenas em Misano.
Ainda em 2016, durante o campeonato, Crutchlow foi escalado pela Honda para testar algumas novidades da moto. Entretanto, o britânico diz não saber ainda que material terá em mãos no início dos testes de pré-temporada, em Sepang, no dia 30 de janeiro.
Na temporada passada, a RC213V era uma moto muito difícil de pilotar, mas cresceu durante o ano, especialmente nas mãos de Márquez, e o espanhol acabou conquistando o terceiro título na MotoGP. Crutchlow espera que a versão 2017 seja mais dócil e que todos os pilotos que a utilizam consigam andar bem.
“Há muitas coisas que sentia que poderíamos melhorar e eles fizeram um trabalho e tanto no ano passado, especialmente quando comparamos onde estávamos no teste da Malásia e no fim, quando Marc terminou com o título", disse o piloto à Autosport.
“Preciso dizer, entretanto, que era Marc. Creio que eles sabem o que estão fazendo. Temos muita capacidade, é questão de acertar tudo e construir uma moto que todos sejam capazes de pilotar", afirmou.
“Sei que eles são capazes disso. Se vai acontecer nesta temporada, eu não sei. Claro, sei parte dos planos deles e o que eles estão fazendo, mas precisamos esperar para ver o que eles levarão para o teste na Malásia - que não será o teste final, teremos mais antes da prova no Catar."
Crutchlow considera a moto de 2016 a mais difícil que ele guiou desde que chegou à MotoGP e revelou que se ausentou do processo de desenvolvimento da RC213V de 2017 desde os testes de pós-temporada em Valência, em novembro do ano passado.
Ainda assim, o britânico ressalta que o relacionamento com os engenheiros da Honda é positivo. “Tenho um bom relacionamento com o time técnico da Honda, mas preferi deixar isso com eles. Dei informações a eles, não poderia fazer nada além do que fiz no ano passado."
“Eles sabem qual a direção para a qual eu gostaria de ir, mas não sou eu quem toma as principais decisões. Creio que outros pilotos pensam de modo parecido, mas temos algumas pequenas diferenças."
“Eu mantenho contato com os engenheiros da Honda, mas eles estão bastante ocupados. Dei a eles tudo o que precisavam, assim como Marc e Dani devem ter feito", completou.
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