Valentino Rossi admitiu não entender por que os promotores da MotoGP Dorna Sports permitiram que Marc Márquez regressasse poucos dias após sua cirurgia em Jerez no ano passado.

O piloto espanhol quebrou o braço direito em uma queda durante a corrida de abertura da temporada passada, em julho, na Espanha. O acidente resultou em uma operação imediata, antes de ser liberado para competir no final de semana seguinte no GP da Andaluzia.

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Esse fato agravou a sua lesão e acabou o obrigando a realizar mais duas cirurgias durante o resto do ano, o que fez com que o multicampeão do mundo de MotoGP perdesse toda a temporada de 2020.

Em entrevista ao Corriere della Sera, Rossi disse que a Dorna Sports quebrou as suas próprias regras implementadas para impedir retornos de lesão apressados após a recuperação de Jorge Lorenzo em Assen, em 2013, 48 horas após a cirurgia de uma clavícula fraturada.

"O erro foi querer correr de novo cedo demais, assim que a operação (terminou), e não entendo como eles permitiram que isso acontecesse", disse Rossi.

“Vejamos: o Dr. (Claudio) Costa foi um pioneiro, revolucionou os tratamentos e reduziu os tempos de imobilização.”

“Assim, após o retorno muito rápido de Lorenzo a Assen em 2013, a Dorna introduziu regras para evitar correr riscos excessivos.”

"Com o retorno de Márquez, todos eles pularam ao mesmo tempo, certamente como nunca antes."

A última cirurgia de Marc em dezembro provavelmente o deixará fora das primeiras corridas de 2021, embora a Honda ainda não tenha oferecido oficialmente um tempo de recuperação.

O piloto italiano acredita que Márquez vai voltar "forte como antes", mas descartou-o como o seu "rival mais forte" e admite que é "impossível" "perdoá-lo" pelos acontecimentos de 2015.

Rossi ainda acredita que Márquez conspirou com Lorenzo para garantir que ele perdesse o título de 2015, o que resultou no infame confronto em Sepang.

"Lamento que ele não possa pilotar", acrescentou Rossi. “Se ele estiver curado, algo que ninguém sabe no momento, ele vai voltar tão forte quanto antes.

"O que ele fez comigo, não posso perdoá-lo. Quando penso naqueles dias, tenho os mesmos sentimentos de então, e seis anos se passaram.

"Acho difícil que um dia eles possam mudar", concluiu.

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