Análise
MotoGP GP da Alemanha

Talking Point: GP da Alemanha

Motorsport.com analisa GP da Alemanha de motovelocidade com vitória de Márquez e Rossi líder do mundial

Vencedor Marc Marquez, Repsol Honda Team
Largada: Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing toma a liderança
Marc Marquez, Repsol Honda Team, Jorge Lorenzo e Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing and Dani Pedrosa, Repsol Honda Team
Pódio: segundo lugar Dani Pedrosa, o vencedor Marc Marquez, Repsol Honda Team e o terceiro colocado Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing
Vencedor Marc Marquez, Repsol Honda Team
Marc Marquez, Repsol Honda Team, Jorge Lorenzo e Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing and Dani Pedrosa, Repsol Honda Team
Terceiro colocado Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing
Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing
Vencedor Marc Marquez, Repsol Honda Team
Winner Marc Marquez, Repsol Honda Team
Aleix Espargaro e Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Aleix Espargaro e Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Marc Marquez, Dani Pedrosa e a equipe Repsol Honda Team comemorando a dobradinha
Michael Laverty, Aprilia Racing Team Gresini
Dani Pedrosa, Repsol Honda Team and Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing
Andrea Dovizioso, Ducati Team e Aleix Espargaro, Team Suzuki MotoGP
Largada: Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing takes the lead

Líder nos dois treinos livres da sexta-feira, primeiro nos dois treinos de sábado, primeiro no warm-up e vencedor da corrida no domingo. Enfim, um final de semana perfeito para Marc Márquez em 2015. Depois dos problemas de estabilidade que o tiraram a possibilidade de lutar pelas vitórias deste início de temporada europeia, a Honda finalmente conseguiu dar a ele a estrutura que tanto precisava para voltar a brilhar.

Mas onde a escuderia japonesa foi buscar as soluções para a falta de confiança de Márquez na RC213V de 2015? Não precisaram ir muito longe. Foi só dar um pulinho no museu. Os japoneses resolveram cortar o mau do defeituoso chassi de 2015 pela raiz, o substituindo pelo do ano passado. Márquez recuperou a boa forma. Já havia mostrado isso em Assen, apenas confirmou com sua sexta vitória seguida em Sachsenring.

E é bom ressaltar que a próxima corrida é Indianápolis, lugar onde Marc e a Honda também têm um recorde muito positivo. Desde 2010 apenas Hondas ganham por lá, e desde 2011 – ainda na Moto2 – Márquez triunfa ininterruptamente também. Duas vitórias seguidas poderiam até mesmo reabrir as dúvidas: será que o bicampeão está tão morto assim no campeonato? Valentino Rossi foi sábio após a prova: “não queremos cometer erros estúpidos, porque Marquez vai ser muito forte na segunda metade do campeonato”. Márquez carrega no momento 65 pontos de desvantagem no certame.

A Honda melhorou, fato. Mas por que a Yamaha teve tanta dificuldade para acompanhar as RCVs na Alemanha? A falta de grip no asfalto e a natureza das curvas de Sachsenring podem explicar o resultado. As Yamahas têm como grande ponto forte a velocidade dentro das curvas, o que a faz muito dependente da aderência em grandes inclinações. Sem a abrasividade suficiente no asfalto alemão, a YZR-M1 não conseguia acelerar tão cedo e nem frear tão dentro quanto Márquez e Pedrosa.

Outro motivo – já citado acima – pelo qual a Honda teve vantagem foi o fato de as curvas velozes de Sachsenring serem apenas duas (8 e 12). Isso evitou que sofressem com problemas de saídas de frente e de traseira.

Na disputa do título, Rossi conseguiu uma importante vitória contra Lorenzo. Inteligente, o italiano sabia que sua corrida neste final de semana seria para superar seu companheiro de equipe e que provavelmente as Hondas estariam fora de alcance. Foi por isso que o italiano comemorou seu terceiro lugar em Sachsenring mais do que qualquer outro em sua carreira. E a história joga à favor de quem sai na ponta do mundial da Alemanha: desde 1996 todos os líderes se sagraram campeões.

Como a diferença antes do GP da Holanda era de apenas um ponto e agora aumentou para 13, Valentino pode se dar ao breve prazer de caprichar na comemoração de seu 205ª pódio no mundial.

Ducati e Suzuki

Tanto a Ducati quanto a Suzuki sofreram - como a Yamaha - com a baixa aderência de Sachsenring. Depois de um início de ano forte, a Ducati dá sinais de que perdeu terreno para a Honda e a Yamaha. A diferença de Iannone, quinto, para Márquez foi de 20.7s. Muito. Já Dovizioso, assim como na Holanda, jamais esteve entre os primeiros e abandonou pela terceira vez em quatro provas. O que não deixa de ser espantoso, dada a fama do italiano de ser um dos pilotos mais consistentes do grid.

A Suzuki surpreendeu negativamente em Sachsenring. Na pista mais travada da temporada, o time japonês prometia uma boa apresentação. Algo que estranhamente não chegou nem perto de acontecer. Espargaró e Viñales protagonizaram uma disputa fantástica pelo décimo lugar nas últimas voltas, decidida por apenas 0.019s na linha de chegada à favor de Aleix.

Moto2

Johann Zarco pôde se dar ao luxo de não vencer em Sachsenring. Segundo, o francês não teve Tito Rabat na frente durante o final de semana todo. O atual campeão teve a performance debilitada por uma fratura na clavícula em um treino privado. Inclusive, Rabat acabou tendo dois parafusos da placa de titânio que colocou em uma cirurgia para corrigir a fratura quebrados no acidente no qual se envolveu com Franco Morbidelli na última curva. A culpa foi do italiano, mas o azar foi inteiro de Rabat, que perdeu na pior das hipóteses um quarto lugar. A 65 pontos de Zarco, o bi de Tito vai ficando cada vez mais difícil.

Ah, é. A vitória foi de Xavier Simeon – a primeira de um belga no mundial desde o GP da Bélgica de 1983 das 250cc com Didier de Radigues. Foi também a primeira vitória da equipe Gresini desde o GP de Valência de 2011 com Michele Pirro.

Moto3

Danny Kent venceu de forma dominante assim como fez no início deste ano. Não abriu mais porque não quis. Tinha o melhor ritmo e marcou a pole mesmo não participando dos últimos 15 minutos da sessão de classificação. Como estamos na metade do mundial, já dá para cravar: só um desastre tira o título do britânico. Sua vantagem para Bastianini é de 66 pontos.

Com Oliveira fora da prova de hoje, o italiano da Gresini é o único que pode ameaçar Kent. Mas, dado o fato de que Enea sequer conseguiu vencer ainda, é complicado visualizar uma reação do piloto da moto 33.

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