Em dia de vitórias de Suzuki e Nunes, Osman é o primeiro campeão da história do TCR Brasil

Brasileiro deu a volta após iniciar a etapa de Cascavel em terceiro na tabela

Galid Osman

Foto de: Duda Bairros

Galid Osman escreveu neste domingo seu nome na história do conceito TCR. Na pioneira temporada do TCR Brasil Banco BRB, o brasileiro do CUPRA Leon TCR #28 preparado pela W2 Pro GP superou uma desvantagem de 22 pontos neste domingo para se sagrar campeão do certame brasileiro.

O dia decisivo da temporada de 2023 foi de domínio brasileiro. Nos 3.058m do Autódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel, no oeste paranaense, Rafael Suzuki e Diego Nunes, impulsionados por boas reações nas largadas das corridas 1 e 2 respectivamente para vencerem no campeonato brasileiro. Os dois pilotos garantiram suas segundas vitórias na temporada neste domingo.

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Porém, a grande história ficou na disputa do campeonato. Com nada menos do que oito pilotos em condições de conquistar o campeonato antes da largada da primeira corrida da etapa, a vantagem era para Ignacio "Nacho" Montenegro, mas Galid Osman em uma etapa com resultados consistentes tirou a vantagem do argentino para vencer por 1 ponto de vantagem.

Pela Copa Trophy, Guilherme Reischl confirmou a arrancada iniciada na etapa passada no Velocitta e garantiu o título -também com uma boa dose de drama, ao largar do box na corrida final após seu carro apresentar alarmes nas voltas de instalação no grid.

As corridas: 

CORRIDA 1:

No apagar das luzes para a primeira corrida da decisão do TCR Brasil, Rafael Suzuki reagiu melhor que Juan Manuel Casella e assumiu a liderança da bateria. Outro que saltou bem dos colchetes foi Galid Osman que pulou para segundo. Casella perdeu diversas posições e figurava em sexto do certame brasileiro. Pela Copa Trophy, Enrique Maglione sustentou a dianteira contra Fabio Casagrande.

Com 5 minutos de bateria percorridos, Suzuki já mantinha vantagem confortável superior a 2s para Osman, esse que colocou um carro que não compete no TCR Brasil entre ele e o terceiro colocado, o também brasileiro Diego Nunes.

Largando do fundo do pelotão por troca de motor, o líder do campeonato, "Nacho" Montenegro tratava de escalar o pelotão e já era 11º. O argentino trouxe consigo Casagrande, que assumiu a liderança da Trophy. Maglione, que liderava até então, caiu para a última posição.

Com 10 minutos percorridos, Reis e Casella protagonizaram a disputa mais intensa nos 3.058m do Autódromo Internacional Zilmar Beux, os concorrentes ao título desceram sem diferença nenhuma na tomada do Bacião, Casella prevaleceu.

Em terceiro na bateria, Nunes recolheu para os boxes com problemas no #70 na volta 12. Juan Angel Rosso assumiu o terceiro posto de pódio. Na abertura da 13ª volta, Casella foi a primeira vitima do Bacião e praticamente deu adeus a disputa pelo título do TCR Brasil ao ver o #60 nos muros. Safety Car foi acionado para retirada do carro do uruguaio.

Após longa intervenção para manutenção da pista, a prova relargou para menos de um minuto para zerar o cronômetro, com Suzuki, Galid e Rosso nas posições de pódio. Casagrande liderava a Trophy. Bandeira quadriculada para o #8 de Suzuki e posições inalteradas desde a relargada. Casagrande, em sétimo, venceu pela Trophy.

CORRIDA 2:

Pedro Cardoso assumiu a primeira posição antes da tomada do Bacião e trouxe Diego Nunes na sequência. Rosso era o terceiro. Fabio Casagrande, primeiro na Copa Trophy e largando da pole não reagiu bem ao apagar das luzes e caiu para a 13ª posição, perdendo a liderança da subdivisão.

Nunes assumiu a ponta após o Hyundai Elantra #42 de Cardoso perder potência e parar antes da reta oposta. Não foi necessária a intervenção do safety-car pois o brasiliense conseguiu recolher para os boxes.

Passada as primeiras voltas, a ordem do pelotão tinha: Nunes, Rosso, Yannantuoni, Galid e Montenegro, Maglione liderava pela Trophy. Nesta ordem, Montenegro garantia o título inédito. Galid ainda mantinha viva as esperanças de conquistar a primeira edição do certame brasileiro, mas precisava terminar duas posições à frente do argentino. 

A disputa pela primeira posição da Copa Trophy era intensa entre o #34 e o #10. Baptista tentou o mergulho por dentro no Bacião, mas foi bem neutralizado pelo concorrente. 

Com metade da prova já percorrida, os cinco primeiros permaneciam inalterados e sem muitas disputas no oeste paranaense. Com poucas freadas fortes no traçado, as oportunidades de ultrapassagem eram raras.

Raphael Reis então mergulhou por dentro no Bacião contra Suzuki e realizou a manobra pelo sétimo lugar. Na frente do pelotão, Nunes tinha vantagem confortável na liderança. Mudança importante na classificação do campeonato após Reis e Suzuki superarem Nacho Montenegro.

Galid passou a liderar por um ponto, mas Reis vinha forte lutando para reduzir a vantagem, já que inversão de posições entre os companheiros da equipe W2 Pro GP daria o título ao brasiliense.

Adalberto Baptista escapou com um pneu furado na entrada da reta oposta e viu as esperanças do título escaparem do carro #10.

Diego Nunes venceu pela segunda vez no TCR Brasil com Rosso em segundo e Yannantuoni em terceiro. Com o quarto lugar na prova, Galid Osman garantiu o título da primeira temporada do TCR Brasil. Na Copa Trophy a vitória na prova acabou nas mãos de Marcio Basso após boa ultrapassagem sobre Maglione. O campeonato ficou com Guilherme Reischl.

A W2 Pro GP, equipe chefiada por Duda Pamplona e Serafin Jr, terminou a temporada com o título de equipes."Muito gratificante ser campeão no meu ano de estreia", disse Galid. "Vim do tração traseira na Stock Car, tive dificuldades no começo com a guiada do carro, mas fomos evoluindo ao longo do ano. Quero agradecer à minha família, à equipe e aos meus patrocinadores. Entro para a história do TCR Brasil como o primeiro campeão. A corrida foi bem cerebral, tinha que terminar duas posições na frente do Nacho e conseguimos no finalzinho".

 

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