Entrevista

WEC: Fraga vê chance de vencer em São Paulo e exalta Serra

Piloto que cumpre último ano de contrato com a Cimed Racing na Stock Car falou sobre como surgiu o convite de fazer a temporada completa no Mundial de Endurance da FIA

Felipe Fraga

Foto de: Duda Bairros

O ano de 2019 pode ser o último de Felipe Fraga na Stock Car nesta fase da carreira. O piloto da Cimed Racing está em seu último ano de contrato com a equipe e conseguiu se garantir no Mundial de Endurance da FIA (WEC), após convite para integrar a equipe da Porsche na classe GTLM-Am.

O piloto de 24 anos chegou a vencer as 24 Horas de Le Mans de 2019 com a Ford, mas o trio foi desclassificado por irregularidades no tanque de combustível.

Em Campo Grande, onde disputou a sexta etapa de 2019 da Stock Car, Fraga falou sobre como surgiu o convite de fazer a temporada completa do WEC, além do início de carreira em pistas internacionais.

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“Estou muito feliz. Desde o meio do ano passado, comecei a correr fora mais vezes e poucas pessoas sabem, nem sempre vamos nas melhores condições”, disse Fraga. “Tive que ralar bastante para arrumar uma vaga. Graças a Deus, já neste ano, vieram coisas boas no Blancpain e consegui correr no IMSA com caras que são muito rápidos. Por meio deles, consegui correr em Le Mans com a Ford. Foi uma experiência incrível como piloto, comecei a ficar mais conhecido depois de Le Mans e do Blancpain também.”

“Depois de Le Mans, tive o convite de fazer o WEC, só que seria por uma equipe que não era de ponta e recusei. Creio que o piloto também tem que ter sorte nas decisões. Eu não tinha chances de fazer o WEC e o Ben Keating, companheiro de equipe em Le Mans, dois dias antes de encerrarem as inscrições me ligou e falou que havia surgido a oportunidade com a melhor equipe da Porsche, a Project 1, que é o time que herdou nossa vitória em Le Mans.”

“Ter ao meu lado o Ben e o Jeroen Bleekemolen, eu sei que estaremos entre os mais fortes do campeonato da GTLM-Am.”

A temporada do WEC 2019/2020 começa no dia 1º de setembro, com as 4 Horas de Silverstone e durante este ano, além desta etapa, serão mais três. Duas delas, China e Bahrein, serão no mesmo fim de semana das etapas do Velo-Città e Interlagos da Stock Car. Neste caso, segundo Fraga, não houve qualquer problema em administrar o conflito de datas.

 “Eles foram muito tranquilos comigo sobre a Stock Car. Eu poderei fazer as provas aqui no Brasil e eles ‘se viram’, eles me deram um conforto muito grande.”

“O melhor é que você garante que vai competir com pilotos rápidos, correr as 24 Horas de Le Mans em 2020 e as 6 Horas de São Paulo, sendo um dos poucos brasileiros que estarão representando o país.”

“Você tem que agarrar as oportunidades, vou correr as duas primeiras para deixar uma boa impressão, e depois poderei mostrar meu trabalho em pelo menos seis etapas.”

Stock Car mais respeitada do que se imagina

Fraga também traz relatos do que os pilotos estrangeiros falam sobre a Stock Car. Surpreendendo os mais céticos, a maior categoria do automobilismo brasileiro é bastante respeitada, e a contribuição de um de seus rivais na categoria ajudou.

“A Stock Car sempre foi uma categoria muito respeitada lá fora e acho que agora, depois do sucesso que o Daniel Serra está tendo, ajuda muito. O que ele vem fazendo pela categoria é muito grande. Hoje, quando chego e falo que sou piloto da Stock Car, mesmo sem me conhecerem, eles sabem que estamos em uma categoria muito competitiva e que o Serra é o atual campeão.”

“Precisamos urgentemente fazer de novo a corrida de duplas, tem muitos caras que mal me conhecem e já estão pedindo para correr aqui na prova de duplas. A moral da Stock Car é muito maior do que muitos pensam e o Daniel está fazendo isso, eu estou começando a cooperar e quero seguir o caminho dele.”

6 Horas de São Paulo

No dia 1º de fevereiro o Autódromo de Interlagos voltará receber uma etapa do WEC. Fraga será um dos representantes do país e não vê a hora de isso acontecer, apostando nos “segredinhos” da pista paulistana.

“Hoje em dias esses carros são muito tecnológicos. O piloto que é bom, em qualquer lugar do mundo, ao dar cinco voltas, já consegue se adaptar. Mas lógico que Interlagos é uma pista muito difícil e grande, então tem vários segredinhos que os caras podem demorar um pouco mais para descobrir.”

“Correr em Interlagos com um carro da GTLM será muito prazeroso, ainda mais sabendo que vou ter chances de ganhar.”

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