Farfus: Prefiro grid menor a ter piloto pagante
Representante brasileiro no DTM, paranaense comenta sobre as mudanças da categoria com exclusividade ao Motorsport.com Brasil










A temporada 2017 do DTM começa neste fim de semana, com rodada dupla em Hockenheim, e com isso, a esperança brasileira de título se renova, na presença de Ausgusto Farfus, pela sexta temporada na categoria com a BMW.
Vindo de três temporadas sem brilho, a última vitória aconteceu em Zandvoort em 2013, o piloto de Curitiba acredita que as características da categoria favorecem pilotos, com talento reconhecido, passem em branco por algumas temporadas.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil, ele falou sobre este assunto e como vê a temporada que está prestes a começar.
"Muitos pilotos tiveram bons anos e enfrentaram temporadas difíceis depois, como o Gary Paffett, campeão da categoria, o Mike Rockenfeller, que ganhou em 2013 e comigo em segundo, o Timo Scheider, o Bruno Spengler, o Mattias Ekström, ou seja, você tem uma lista infinita assim, por que essa é a realidade do DTM."
"Muitos acabam falando que é um campeonato artificial, mas não é. Se você tem um carro que você o sente como uma luva, você tira aquele último décimo e classifica entre os cinco primeiros. O que te leva a ter uma corrida completamente diferente."
Os layouts dos carros do DTM de 2017 já foram divulgados, e apresentados oficialmente na sexta-feira. Mesmo admitindo que a aparência mudou pouco, Farfus destaca as diferenças de seu BMW em relação ao modelo utilizado no ano passado.
"Esse ano temos uma nova M4, completamente revista, com 50 cavalos a mais, pneus, aerodinâmica e geometria diferentes. O carro, esteticamente é parecido, só que é aproximadamente três segundos mais rápido."
"É um começo novo para todo mundo. O piloto que conseguir se adaptar melhor ao equipamento vai se dar bem."
Mas não foram somente os carros que passaram por reformulação. O campeonato, agora sob a batuta do ex-piloto de F1, Gerhard Berger, também mudou, além de ter a diminuição do grid, que em 2017 terá 18 carros. Até 2016, largavam 24.
"Eu prefiro ter um grid de 18 pilotos, que recebam de suas equipes, do que um maior com pilotos pagantes. No DTM não tem pilotos pagantes."
"Se você me falar qual categoria do mundo não está em crise, eu não conheço. Infelizmente, a situação global da economia é difícil. A crise está em todos os setores e, por sua vez, atinge o automobilismo. Se você começar do topo, a F1 é uma categoria que está em crise. Tirando duas ou três equipes principais, as outras chegam ao fim do ano com a corda no pescoço."

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