Análise

Análise: as proibições na comunicação de rádio da F1 em 2016

Quase 18 meses depois após a ideia de restringir a comunicação entre pilotos e equipes, medida entra em vigor por completo a partir do GP da Austrália

Bernadette Collins, engenheira da Sahara Force India F1 Team Performance and Strategy Engineer

Após a ideia originalmente ter chegado em setembro de 2014, como parte de um esforço para tornar os pilotos "heróis" novamente, a primeira tentativa de limitar a comunicação entre equipes e pilotos foi colocada em segundo plano depois de reclamações de que fosse algo radical para ser introduzido rapidamente.

Nessa fase, os novos regulamentos das unidades de potência estavam só no começo e os pilotos precisavam aprender sobre a forma de administrar a economia de combustível e implantação de tática de corrida.

Em vez disso, a introdução foi escalonada. A primeira fase foi centrada exclusivamente ao coaching do piloto. Informações como traçado, seleção de marchas, pontos de frenagem e comparações de velocidades foram banidas.

Mas a partir de agora, a FIA vai cumprir rigorosamente o artigo 20.1 do Regulamento Esportivo da F1, que afirma que: "O piloto deve guiar o carro sozinho e sem ajuda."

O que isso significa?

O diretor de corridas da F1, Charlie Whiting, enviou uma nota para as equipes em dezembro, em que deixou claro o quão ampla a proibição seria.

Ao invés de enumerar as proibições, Whiting preferiu apenas determinar aquilo que seria permitido pelo rádio e também nas placas.

No entanto, entende-se que as discussões continuam sobre os itens que devem ser removidos ou adicionados à lista.

Lista original do que é permitido

* Indicação de um problema fundamental com o carro, por exemplo um dano no carro;
* Indicação de um problema com o carro de um concorrente;
* Instrução para entrar no pit lane, a fim de corrigir ou retirar o carro;
* Pista molhada, óleo ou detritos em certas curvas;
* Informações oficiais (bandeira vermelha, bandeira amarela, início de corrida abortada ou outras instruções ou informações de controle de corrida);
* Instruções para troca de posição com os outros pilotos;
* Reconhecimento de que uma mensagem do piloto foi ouvida;
* Detalhes do tempo de volta ou setor;
* Detalhes do tempo da volta de um concorrente;
* Diferenças de tempo do piloto durante sessão de treinos ou corrida;
* Ajuda com aviso de tráfego durante uma sessão de treino ou corrida;
* Dar as diferenças de tempo entre os carros na fase de classificação para melhor posicionar o carro em uma volta limpa;
* Escolha dos pneus no próximo pit stop;
* Número de voltas que um concorrente tem feito em um jogo de pneus durante a corrida;
* Especificação de pneu de um concorrente;
* Informações relativas estratégia de corrida e probabilidades de um concorrente;
* Tempo do Safety Car na pista;
* Violações do piloto, equipe ou concorrentes;
* Notificação de que o DRS está ativado ou desativado;
* Lidar com uma falha do sistema DRS;
* Mudança de posição da asa dianteira no próximo pit stop;
* Quando a entrar nas boxes;
* Lembretes sobre limites de velocidade;
* Informações sobre danos ao carro;
* Número de voltas para o final;
* Informações de tempo;
* Instruções para selecionar os padrões do piloto com o único propósito de diminuir a perda de função de um sensor, cuja degradação ou falha não foi detectado e tratado pelo software onboard.

Estas são as únicas mensagens que podem ser passadas para os pilotos, enquanto ele está no carro e na pista.

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