Análise: novo teste de impacto da F1 é desafio para equipes
Novas medidas para proteção de cabeça dos pilotos e aumento do rigor nessa área nos testes de impacto criou desafio a mais para equipes
As regras da Fórmula 1 para a temporada 2016 mantiveram-se praticamente inalteradas, exceto pela mudança nas medidas da proteção da cabeça dos pilotos - que passa a ser 20mm mais alta nesta temporada. Some-se a isso o aumento do rigor nos testes de impacto, especialmente nesta área, e surge um novo desafio para os engenheiros.
Embora o aumento das medidas seja praticamente invisível a olho nu, o aumento das exigências no teste de impacto na área é significativo. Enquanto em 2015 uma carga de 15kN (quilonewtons) era aplicada, em um ângulo de 90°, para garantir que não haveria deformação na área, uma revisão na regra aumentou essa carga para 50kN.
Em 2015, o principal desafio nos testes de impacto foi ter o 'nariz' da asa dianteira - encurtado por restrições no regulamento - aprovado. O ponto de tensão, como se vê, passou da asa dianteira para o cockpit.
Como explica o diretor-executivo da Mercedes, Paddy Lowe, implantar uma proteção de cockpit mais rígida sem comprometer a performance aerodinâmica é um grande desafio. "O aumento da carga (no teste) foi grande. A intenção é aumentar o nível de proteção da cabeça dos pilotos contra destroços ou até mesmo um carro que acabe parando em cima do cockpit de outro", disse, em um vídeo divulgado pelo time alemão.
“Essa mudança deu muito trabalho aos projetistas. O ponto é o que você precisa fazer sem que haja interferências significativas no peso ou na aerodinâmica. Como sempre, tudo é possível - depende do quanto você consegue fazer o trabalho da melhor maneira", completou.
Não é de se admirar, portanto, que as equipes que já passaram no teste de impacto - bem antes do início dos testes de pré-temporada em Barcelona, no dia 22 de fevereiro - estejam sentindo alívio.
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