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Barrichello aposta em fé e patrocinadores para fazer 20ª temporada

Pela segunda vez em três anos, brasileiro chega ao GP do Brasil sem saber se continuará na F-1 no ano que vem

Barrichello é o piloto com maior número de GPs na história

Rubens Barrichello prepara-se para sua 325ª prova na F-1 sem saber se caminha para sua última experiência disputando um GP na F-1. E isso logo correndo dentro de casa, no GP do Brasil. O piloto da Williams, no entanto, luta para chegar a marcas ainda mais impressionantes em 2012, quando completaria 20 anos de carreira na categoria e 40 de vida.

“Sou uma pessoa feliz pelo simples fato de, com 20 anos de carreira na Fórmula 1, estar lutando para ter outra chance”, afirmou ao jornal O Estado de São Paulo. “Temos de estar preparado para tudo. Um dia terei de parar. E se agora essa for a vontade do Senhor, então seguirei o caminho, quem sabe para ser ainda mais útil a meus filhos, que estão crescendo.”

Para tanto, o brasileiro aposta em firmar parcerias, sinal de que, apesar de ser 'macaco velho', entende as necessidades atuais.

“Minha vontade de continuar na Fórmula 1 é tanta que nos dois últimos meses eu visitei bem mais empresas de quando buscava patrocinadores para correr no exterior, em 1990. Estamos oferecendo uma forma distinta de participação no projeto, não apenas a exposição da marca, mas algo personalizado, taylor made, como dizem os ingleses”.

Somado a isso, Barrichello espera que sua experiência conte a favor na hora dos chefes, seja da Williams ou de outra equipe, decidirem. “Eles sabem que se puderem contar comigo terão velocidade e experiência”.

Essa situação de incerteza não é novidade para o piloto brasileiro, que passou por situação semelhante no GP do Brasil que encerrou a temporada de 2008.
“Também corri em Interlagos sem um documento que me garantisse na Fórmula 1 em 2009. E em fevereiro assinei com a Brawn GP, o que me deu a chance até de disputar o título. O Ross Brawn me avisou que precisavam de dinheiro para terminar o campeonato. Portanto, se até a quarta corrida aparecesse alguém com patrocínio eu teria de ceder a vaga”, revelou. Porém, isso não aconteceu.

Barrichello lembra que contou com muita fé de que seguiria na F-1 naquela ocasião. “A mesma que sinto hoje”, garante. “Possuo uma tatuagem no braço com as iniciais dos nomes de meus filhos, F, de Fernando, e E, de Eduardo. O rapaz que fez a tatuagem sugeriu colocar um acento nas duas letras juntas e ficou fé, adorei, pois sou um homem de fé. Em todo país que vou sempre visito igrejas, mesquitas, sinagogas, não importa, todas têm muito a oferecer.” 

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
Rubens Barrichello
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