Carreira "imperfeita" preparou Russell para problemas da Williams
Novato da tradicional escuderia de Grove, piloto britânico relembra temporadas passadas difíceis e segue esperançoso na Fórmula 1
Novo piloto da Williams na Fórmula 1, George Russell acredita ter encontrado mais facilidade para lidar com as dificuldades atuais do time porque ele mesmo não teve uma "carreira perfeita" no automobilismo (veja fotos abaixo).
O atual campeão de Fórmula 2 impressionou em suas primeiras corridas com a tradicional escuderia de Grove até agora, superando regularmente o companheiro de equipe, o polonês Robert Kubica. Isso aconteceu em meio a um início conturbado da temporada para a Williams, cujo carro FW42 permanece longe da batalha no meio-campo.
Perguntado pelo Motorsport.com se seu histórico de carreira o ajudou a lidar melhor com a situação atual de Williams, Russell disse: “Sim, você sabe, não é meu primeiro ano difícil. Eu acho que às vezes, se você tem uma carreira tão perfeita, quando você tem uma dificuldade, você não sabe como lidar com isso, ao passo que eu tive vários momentos difíceis na minha carreira, então sei como me comportar”.
Russell, que é apoiado pela Mercedes, subiu para a F1 depois de ter garantido títulos consecutivos no GP3 em 2017 e na F2 em 2018, ambos pela ART Grand Prix. Esses campeonatos se seguiram a dois anos menos gloriosos na Fórmula 3 Europeia com a Carlin em 2015 e Hitech em 2016, quando o britânico não pôde lutar no topo contra os principais carros da dominante Prema.
Russell citou esses exemplos como campanhas de “construção de personagem” para ele. O britânico também citou 2013, seu último ano no kart, como outro ano de grande dificuldade. “Meu último ano no kart foi muito difícil, eu fui a uma equipe que não estava se apresentando bem na época. Mas vi isso como uma oportunidade; se eu ganhasse, ficaria ótimo pra mim, e se eu perdesse, as pessoas simplesmente culpariam o equipamento”.
“Você pode chamar isso de uma temporada de construção de personagem, e eu também tive isso na Fórmula 3. Minhas duas temporadas estavam longe de perfeitas. E isso me transformou no piloto que sou hoje, já que aprendi muito com esses momentos”.
Embora Russell só possa se comparar com Kubica agora - e até mesmo comparações diretas têm sido dificultadas por uma diferença nos carros da dupla -, o britânico espera que sua reputação se beneficie do forte desempenho de outros jovens pilotos na F1.
Charles Leclerc, da Ferrari, Alex Albon, novato na Toro Rosso, e o novato da McLaren, Lando Norris, impressionaram nos primeiros momentos da temporada 2019. E Russell competiu contra todos, e com sucesso, ao longo de sua carreira.
“Eu acho que o nível dos novatos atualmente é extremamente alto, e nestes tempos difíceis isso é bom para mim. Obviamente, todos nós [Russell, Norris e Albon] corremos em máquinas iguais [na F2] no ano passado, então se eles estão fazendo um ótimo trabalho, isso pega bem para mim também”.
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