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Conselho "dá bronca" nas equipes da F1 por cobranças feitas à FIA sobre acordo com Ferrari

O Conselho Mundial do Esporte a Motor deixou claro sua oposição ao comunicado divulgado nessa semana onde sete equipes da F1 cobram transparência da FIA em acordo com Ferrari

Sebastian Vettel, Ferrari SF90, leads Charles Leclerc, Ferrari SF90

Na reunião do Conselho Mundial do Esporte a Motor, realizada nesta sexta-feira, um dos tópicos abordados foi o acordo secreto feito entre FIA e Ferrari após investigações sobre o motor de 2019 da equipe italiana. O anúncio do acordo irritou as equipes do grid, que se manifestaram contra a Federação.

O comunicado, assinado por Mercedes, Red Bull, McLaren, Renault, AlphaTauri, Racing Point e Williams, ou seja, todas as equipes que não usam motores Ferrari, pedia transparência na investigação feita e cobrava detalhes sobre o que havia sido encontrado.

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Também dizia que "um órgão regulador do esporte internacional tem a responsabilidade de agir com os maiores padrões de governança, integridade e transparência".

A FIA respondeu ontem ao comunicado dizendo que seu próprio regimento jurídico permite o sigilo do acordo. E também admitiu que não estavam totalmente satisfeitos com a explicação da Ferrari, mas que não sentiam ali um caso concreto.

Na reunião realizada em Genebra, o Conselho apoiou a decisão do presidente Jean Todt, que supervisionou a investigação e deu às equipes uma bronca.

"O Conselho expressa apoio unânime ao Presidente da FIA e ao Departamento Técnico da FIA sobre a condução do caso, e se opõe fortemente a quaisquer comentários que minem a reputação e a imagem da FIA e do Campeonato Mundial de Fórmula 1", diz a nota divulgada.

Esta última ação deverá aumentar a tensão entre a Federação e as equipes, que estão a caminho da primeira corrida da temporada em Melbourne.

VÍDEO: Veja mais sobre o polêmico 'acordo secreto' da Ferrari que chocou rivais na F1

GALERIA: Cúpula da FIA e da F1 viveram dias de glória na Ferrari; entenda

Jean Todt, que hoje é que possui o maior poder do trio, foi diretor de corridas da Ferrari de 1994 a 2007 e CEO entre 2004 e 2009.
Ele foi o primeiro não italiano a ocupar uma vaga tão alta na equipe. Após 12 anos de Peugeot, ele foi recrutado por Luca di Montezemolo para tentar dar um fim ao jejum que vinha desde 1979.
A escolha não poderia ter sido mais certeira. No final de 1995, um convite a Michael Schumacher daria início a um grande período de vitórias, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores, de 2000 a 2004, além do campeonato de Kimi Raikkonen em 2007, o último da escuderia.
No dia 23 de outubro de 2009, Todt se elegeu presidente da FIA, cargo que ocupa até hoje.
Além de apoiar as mudanças na F1 que devem ser introduzidas em 2021, Todt tem destacado seu trabalho também na tentativa de diminuição de acidentes rodoviários.
Ross Brawn ocupa o cargo de diretor esportivo do Grupo Liberty, detentores dos direitos comerciais da F1, após a saída de Bernie Ecclestone. É o nº2 do organograma da companhia que toma conta da F1.
Atualmente, é o principal nome que está por trás das grandes mudanças dos regulamentos técnicos e esportivos da F1 para 2021.
Sua experiência como chefe de equipe de Schumacher em seu período mais vitorioso, de 2000 a 2004, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores.
Além do sucesso meteórico da Brawn GP em 2009 o colocam como figura respeitável nas mudanças.
O grego Nikolas Tombazis também vem do ‘casamento perfeito’ entre Schumacher e Ferrari, também vindo da Benetton, em 1997.
Seu cargo na escuderia italiana sempre esteve voltado à parte aerodinâmica, permanecendo na equipe de 1997 a 2003 em uma primeira passagem.
Em 2004 ele foi para a McLaren, retornando à Ferrari em 2006 como diretor de design de 2006 a 2014.
Antes de ocupar o cargo de chefe de monopostos da FIA em 2018, ele teve breve passagem pela Manor.
Ele também está por trás das principais mudanças prometidas pela F1 para o carro de 2021, que promete ajudar  categoria a ter uma competitividade mais próxima entre as equipes.
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