De Vries sobre feito repetido por Bearman: "Williams não pontua sempre, já a Ferrari..."
"É incomparável, mas acho que Oliver merece crédito pelo que mostrou na semana passada", afirmou o holandês em entrevista exclusiva ao Motorsport.com; veja
Campeão da Fórmula E em 2021 pela Mercedes e atualmente piloto da Mahindra na categoria elétrica, Nyck de Vries, que passou pela Fórmula 1 em 2023 pela AlphaTauri, analisou o feito do inglês Oliver Bearman, que, no último sábado, estreou com pontos na F1 assim como o holandês.
'De surpresa', o britânico assumiu a Ferrari de Carlos Sainz em função da apendicite do espanhol em Jeddah e terminou o GP da Arábia Saudita em sétimo, pontuando e causando boa impressão no paddock.
Dois anos atrás, em 2022, de Vries fez o mesmo quando assumiu a Williams de Alex Albon em Monza, onde o tailandês também teve uma apendicite. Nyck terminou o GP da Itália em nono e se cacifou para uma titularidade em 2023, embora tenha sido demitido da AlphaTauri após 10 GPs.
De todo modo, em entrevista exclusiva ao Motorsport.com no Sambódromo do Anhembi, onde a F-E realiza neste fim de semana o ePrix de São Paulo, o holandês acabou destacando uma diferença entre o feito dele em 2022 e o de Bearman em 2024: a idade de cada piloto.
"Eu acho que o Oliver fez um trabalho fenomenal. Ele me impressionou muito por fazer o que fez com só 18 anos e fazer isso numa pista como aquela. Ainda mais com a Ferrari, que é uma marca muito valiosa, ele fez um trabalho incrível", disse Nyck.
Oliver Bearman, Scuderia Ferrari
Foto de: Mark Sutton
De Vries tinha 27 anos em Monza-2022. Além disso, há outra diferença: Bearman ainda está na F2, disputando em 2024 sua segunda temporada na competição, enquanto Nyck foi campeão da categoria em 2019, ano da terceira campanha do holandês no campeonato de acesso à F1.
De qualquer maneira, de Vries não acha Monza-2022 e Jeddah-2024 tão comparáveis, embora reconheça que a Ferrari deste ano é mais competitiva que a Williams de dois anos trás. Por outro lado, Nyck 'deixou no ar' o fato de que a pista da Arábia também foi um 'desafio extra' para Oliver.
"Você não pode comparar, mas obviamente a Williams não pontua todos os dias, enquanto a Ferrari geralmente sim... Mas é incomparável, acho que o 'Ollie' merece crédito pelo que mostrou na semana passada", completou de Vries, que em 2024 também corre pela Toyota no WEC.
Expectativa para o eP de São Paulo e menção a Ayrton Senna
Ausente da etapa brasileira da categoria elétrica em 2023 por estar na AlphaTauri F1 naquela época, Nyck diz estar animado para a prova do Anhembi, embora o pacote da Mahindra não tenha começado o ano de forma tão competitiva.
"O Brasil é um país que tem uma história especial e única no automobilismo, com Ayrton Senna... Então, você sempre pode sentir a paixão ao nosso esporte aqui no País. Eu diria que é um prazer e uma alegria estar aqui competindo em frente aos fãs brasileiros", finalizou de Vries.
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