Com um tom de voz bem baixo, mostrando bastante desanimação, Rubens Barrichello comentou pouca coisa sobre a 16ª posição nos treinos livres desta sexta-feira em Spa-Francorchamps.
O piloto da Williams que só falou mais quando questionado de sua situação na equipe: totalmente incerta. "Não sei qual a estratégia real da equipe. Não sei como essas três semanas passaram. O silêncio foi ouvido. Não tem muito para falar. Não teve muita coisa a mais. Estou tranquilo, não posso me permitir a ficar nervoso com a situação. Se for para ficar, eles sabem das qualidades... "
"Agora é aquele momento de ouvir muita coisa, muita gente falando que o time não está preparado para ter dois pilotos jovens, e isso me deixa feliz no momento", analisa. "O único fator contra é o problema financeiro na equipe", resume.
O veterano destacou que as duas sessões do dia, marcadas pela presença da chuva, serviram apenas para testar o carro, que não apresenta nenhuma novidade para o fim de semana, e detectar um problema no Kers, já solucionado. "Foi uma sexta-feira diferente para todos. Estava chovendo, depois ficou seco. Dá para sair na pista nos melhores momentos. Valeu pelo teste do carro. Foi bom voltar a guiar depois de três semanas, pois você fica ansioso", afirma.
"O carro não está mais ou menos competitivo. Está no mesmo nível. De tarde tivemos um problema no Kers e ele teve de ser desligado. Esse foi o único problema do dia", explica Barrichello, que foi convidado a fazer um comentário sobre o retorno de Bruno Senna em Spa com o carro da Renault, e destacou a pressa da categoria por resultados imediatos.
"F-1 é assim. Em qualquer situação ela não te prepara para ter tempo e fazer as coisas com calma. Ela tem pressa, no bom sentido. Fiquei muito feliz quando vi essa chance. Spa premia situações fantásticas na F-1. Eles tiveram corridas sensacionais. Meus 300 GPs e primeira pole aqui, o Schumacher completa 20 anos aqui, o Senna retorna com a Lotus aqui. O Bruno tem qualidade grande, que é a velocidade, mas falta experiência. O Brasil tem que apoiar e suportar."
(Colaboraram Luis Fernando Ramos e Felipe Motta, de Spa)