Carey rebate críticas das equipes: “Não há almoço grátis”
Diretor da F1 detecta “mentalidade em curto prazo” na categoria e diz que chefes das equipes só querem lucros sem pensar em investimentos
O diretor da F1, Chase Carey, disse que as equipes precisam entender que não haverá “almoço grátis” na tentativa de fazer a categoria crescer, em meio a um mal-estar de cerca de US$ 43 milhões na quantidade financeira.
Várias equipes expressaram sua preocupação quanto à queda sem precedentes nos lucros comerciais no último trimestre.
Nos documentos recentes, o dinheiro que será distribuído entre as equipes será US$ 273 milhões, o que é 13% menor do que o mesmo período no ano passado (US$ 316 milhões).
Carey está ciente de que tal queda não é o que as equipes gostariam de ter em curto prazo, mas insistiu que, sem investir na categoria, não há como o Liberty fazer com que a premiação cresça em longo prazo.
“Acho que o esporte tem sido mal servido por um foco contínuo em curto prazo”, disse Carey.
“Muitas coisas não estavam indo na direção correta nos últimos anos, mas, neste ano, o público na pista aumentou, a audiência aumentou, e acho que estamos com uma mentalidade muito mais positiva por trás de tudo. O esporte precisava de energia nova e investimento.”
“Para fazer as coisas crescerem, bem, para usar uma frase americana, não há almoço grátis. Não tínhamos uma organização em que era possível desenvolver adequadamente para fazer o esporte crescer.”
“Não tínhamos pesquisa, não tínhamos marketing, não tínhamos organização digital e, de forma realista, se você não tem capacidades como essa, você vai cair para trás.”
“Quando você está construindo uma organização digital, normalmente você tem custos antes de ter retorno. Se você está construindo capacidades de pesquisa, normalmente é preciso investir nisso antes de poder usá-las. É a realidade para quem constrói capacidades que não existiam.”
“Para fazer coisas como a demonstração em Londres, para fazer festivais maiores para fãs, é preciso investimento. Contudo, todos são investimentos para o futuro do esporte.”
“Pela perspectiva das equipes, claro, todos querem ter almoço grátis e crescimento sem investimento.”
“O mundo não funciona dessa forma. Acho que haja uma compreensão e apreço pelo que estamos fazendo, e, em muitas formas, concordamos com o que é preciso ser feito para a categoria.”
O Liberty Media planeja se reunir com as equipes em dezembro para explicar mais sobre suas visões para o futuro e o que espera alcançar em curto e longo prazo.
E, enquanto há algumas críticas de que o Liberty não mudou muito a categoria em seus primeiros 12 meses gerenciando a F1, Carey afirmou que é só agora que ele possui a equipe necessária para fazer com que as coisas avancem.
“Quando começamos o ano, nos primeiros três meses tínhamos apenas três pessoas. Se você olhar para coisas como marketing, pesquisa e digital, nossa equipe digital começou há três meses, e a de marketing, há quatro.”
“Estamos montando nossa equipe com o passar do ano e, em muitas formas, uma parte de nossa organização operacional é nova. Antes, não tínhamos muito. Contávamos com uma equipe financeira e jurídica, mas não tínhamos uma organização capaz de suportar o negócio operacionalmente.”
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