Entrevista

Engenheiro relembra evolução de Massa e ajuda de Schumacher

Rob Smedley revisa relação com brasileiro após retirada da Fórmula 1 e exalta inteligência de Michael Schumacher

Rob Smedley, Head of Vehicle Performance, Williams, and the team say a fond goodbye to Felipe Massa, Williams, after his final race for the team and in F1
(L to R): Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance with Felipe Massa, Williams
(L to R): Felipe Massa, Williams with Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance in the FIA Press Conference
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance
Felipe Massa and Rob Smedley
Rob Smedley and Felipe Massa
Felipe Massa, Scuderia Ferrari with Rob Smedley, Scuderia Ferrari Race Engineer on the grid
Rob Smedley, Engenheiro da Ferrari e Felipe Massa, Ferrari no grid
Felipe Massa, Ferrari, com Rob Smedley, engenheiro de corrida da Ferrari, no grid
Felipe Massa, Ferrari, com Rob Smedley, engenheiro de corrida da Ferrari, no grid
Felipe Massa, Ferrari, com Rob Smedley, engenheiro de corrida da Ferrari e Nicolas Todt, seu manager, no grid
Felipe Massa, Ferrari, com Rob Smedley, engenheiro de corrida da Ferrari, no grid

Rob Smedley é uma das figuras que mais esteve ao lado de Felipe Massa, enquanto o brasileiro competiu na Fórmula 1. Mas muitos não sabem que o início do relacionamento profissional entre os dois não começou na Ferrari.

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, ele explica quando aconteceu o primeiro contato com o piloto recém aposentado da categoria.

"Conheci Massa foi no final de 2002, quando ele veio para um teste de assento na Jordan. Falei muito sobre ele com Eddie [Jordan]: 'você precisa olhar este garoto, ele é muito rápido'. E Eddie realmente me ouviu e levou Felipe para Silverstone. Acho que isso aconteceu em novembro ou dezembro de 2002."

Mas, apesar das boas notícias de um jovem piloto brasileiro tomar conta na Europa, o entendimento era de que Massa precisaria se desenvolver. Para a sorte de Smedley, o reencontro veio logo.

"Você sabia que ele era apenas um cara legal e eu o achei ele muito bom. Mas eu diria que começamos a construir um relacionamento quando começamos a trabalhar juntos."

"Fui para Ferrari no final de 2003 e nesse período ele estava correndo pela Sauber. E eu acho que quando voltou de lá ele era um piloto muito mais completo, no nível que a Sauber precisava. Então eu era seu engenheiro e fiz alguns testes e sempre achei que ele seguiria em frente facilmente. Talvez ainda imaturo, ele precisava de um pouco de orientação."

"Do primeiro ano em que ele entrou na Sauber, em 2002, até ele virar um 'produto acabado' em 2007, a melhoria foi enorme. O talento natural sempre esteve lá. Mas, provavelmente levou uns bons quatro anos de desenvolvimento para chegar ao nível que precisava."

"Na Ferrari demos a ele um programa muito estruturado das áreas em que ele precisava trabalhar e melhorar. Definindo esses alvos e dando a abordagem estruturada, acho que ele foi capaz de melhorar. Sabe, ele poderia ter sido campeão do mundo. Ele poderia ter facilmente conquistado o campeonato mundial de 2007 e deveria ter ganhado o de 2008."

Schumacher

Mesmo ao lado do heptacampeão em apenas uma temporada, a de 2006, Felipe Massa e Michael Schumacher sempre tiveram um relacionamento produtivo, para ambas as partes. Ao relatar o assunto, Smedley exalta a inteligência do alemão em conseguir extrair o melhor de seu colega, sem diminuir o valor do piloto.

"Felipe veio de Sauber, não havia ganhado nada, não era ninguém. E você tem que provar. E uma vez que você provava isso com Michael e você está nesse círculo de confiança dele, sua abordagem e sua atitude muda, porque ele precisa de você."

"Michael era tão inteligente em como controlar as pessoas, acho esse foi um dos seus grandes pontos fortes. Ele entendeu como administrar as pessoas. Ele entendeu o que as pessoas poderiam fazer por ele. E não de um modo egoísta, porque ele era um bom jogador de equipe."

"Ele queria ganhar, ele queria ser campeão mundial e isso estava claro. E conseguiu sete títulos, e não fez isso por acidente. Ele também compreendeu que precisava de se cercar de pessoas boas. Felipe o ajudou muito naquela temporada de 2006."

"E ele sabia que ter Felipe o ajudava. Ter pessoas como eu no local para garantir que Felipe estava entregando o máximo que podia iria ajudá-lo a cumprir seus objetivos também."

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