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Entenda como Hamilton pode ser campeão no México

Piloto e equipe construíram vantagem tão ampla que podem se garantir com desempenho mediano até o fim do ano

Race winner Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 celebrates in Parc Ferme at Formula One World Championship

Foto de: Jerry Andre / Motorsport Images

Para Lewis Hamilton erguer o caneco depende apenas do próprio desempenho, já que sua vantagem para os rivais permite que ele chegue fora do pódio em todas as corridas restantes. No entanto, os números mostram que o piloto da Mercedes deverá conquistar o título antes do fim do campeonato.

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Além de Hamilton, a Mercedes também precisa apenas de resultados medianos para vencer o mundial de construtores, tendo uma diferença confortável para a Ferrari, ainda que os italianos sejam uma 'ameaça' à conquista das flechas de prata. Com a boa vantagem que possuem, piloto e equipe devem terminar o ano com o sexto título. Entenda em detalhes:

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Se Hamilton não vencer mais

Neste caso, a sexta conquista continua dependendo de resultados simples, pois mesmo que Bottas vença todas as cinco provas, Hamilton precisaria somar apenas 57 pontos, o que poderia conseguir chegando em quarto em todas as etapas, ou conseguindo, por exemplo, dois terceiros e mais três quintos lugares.

Em relação à Charles Leclerc, Sebastian Vettel e Max Verstappen, a situação é ainda mais confortável, pois o britânico só precisa de dois quartos lugares para eliminar os três da briga pelo título, mesmo que um deles vença tudo daqui para frente.

Para faturar o título no México sem vencer mais, o britânico precisa apenas chegar entre segundo e quarto nas duas provas restantes e somar obrigatoriamente cinco pontos a mais que Bottas.

Com mais uma vitória

Se vencer no Japão, Hamilton poderia ser campeão mais cedo, pois ampliaria a vantagem sobre todos os rivais. Neste caso, o piloto da Mercedes poderia ser campeão no México se chegasse à frente de Bottas. Caso o finlandês vença a prova na terra dos sombreros e da tequila, o pentacampeão poderia se garantir em Austin, bastando novamente, terminar uma posição na frente do companheiro.

Com duas vitórias

Uma conquista dupla nas próximas etapas daria o título ao britânico sem que ele dependa dos resultados de Bottas, ou dos rivais da Ferrari e Red Bull. Ainda que o companheiro termine em segundo e faça a melhor volta nas duas corridas, a diferença seria superior aos 78 máximos que o finlandês somaria nas três provas seguintes.

Mercedes também deve faturar hexa em breve

Atualmente, a equipe alemã tem 571 pontos, contra 409 da Ferrari. Nas próximas corridas, o máximo que uma equipe pode somar são 220 pontos, o que significa que o máximo que a escuderia de Maranello pode atingir são 629 pontos.

Para a Mercedes depender apenas de si mesma, bastaria somar mais 58 pontos, ou seja, Hamilton e Bottas poderiam terminar as cinco etapas restantes entre a sexta e oitava posições, mesmo que a Ferrari vença todas as etapas. 

Se fizer uma dobradinha no GP do Japão, a Mercedes sai de Suzuka com o sexto título mundial em mãos, já que a Ferrari estaria 177 pontos atrás na melhor das hipóteses, com apenas mais 176 em jogo.

HAMILTON SEGUE A PERSEGUIÇÃO AO RECORDE DE SCHUMACHER

O piloto britânico alcançou a marca de 82 vitórias na F1 com o triunfo no GP da Rússia. A cada etapa do campeonato, o que parecia impossível ganha corpo: a quebra do recorde de Michael Schumacher. Faltam nove vitórias para Hamilton empatar com o alemão. Veja galeria exclusiva do Motorsport.com que mostra quem destronou quem ao longo dos anos:
Giuseppe Farina vence a primeira corrida da F1
O italiano venceu a primeira prova da história da Fórmula 1, em 13 de maio de 1950, no autódromo de Silverstone. Farina ainda encerraria aquela temporada como campeão, desbancando grande rival, Juan Manuel Fangio.
Juan Manuel Fangio vence em Mônaco e iguala Farina
Fangio não permitiu que seu companheiro de equipe estabelecesse uma hegemonia na F1. Apesar de perder o título para Farina, o argentino terminou o ano empatado em vitórias - 3x3.
Time da Alfa Romeo dominou duas primeiras temporadas
Os dois primeiros da foto, Fangio e Farina, alternaram-se como maiores vitoriosos até a metade da segunda temporada, quando estavam empatados em 4x4. A rivalidade se estendeu para os títulos dos dois primeiros anos: 1x1.
Alberto Ascari iguala Fangio em 1952
O italiano Ascari igualou marca estabelecida por Fangio, chegando a sua quinta vitória no GP da Inglaterra de 1952, depois disso, Ascari estabeleceria o primeiro reinado da F1.
Alberto Ascari estabeleceu o primeiro reinado da F1
Em 1953, Ascari chegou à marca de 13 vitórias, recorde que imperou na categoria por 21 corridas. Naquele ano, pilotando uma Ferrari, Ascari ainda se tornaria o primeiro bicampeão da história.
Com ajudinha de Musso, Fangio supera Ascari em 1955
Juan Manuael Fangio igualou o recorde de Ascari no GP da Itália em 1954 e superou a marca no início do ano seguinte, em uma corrida em sua terra natal, a Argentina. Durante a corrida, o carro de Fangio quebrou e ele pegou o de seu companheiro, Luigi Musso, para vencer a corrida, algo permitido na época.
Fangio: Reinado de títulos e vitórias
Em 1957, Fangio alcançou sua 24ª e última vitória na F1. Seu império só chegou ao fim 120 corridas e 13 anos depois.
Jim Clark igualou Fangio em 1967
O argentino foi destronado por um escocês voador. Jim Clark, em 1967, chegou às mesmas 24 vitórias no GP do México.
Jim Clark estabelece novo recorde: 25 triunfos
A África do Sul, em 1968, foi palco da vitória 25 de Clark, que o isolou à frente. O bicampeão morreria no mesmo ano, em Hockenheim.
Jackie Stewart ao lado de Jim Clark e Graham Hill
O reinado Clark teve duração de 5 anos (68 GPs). Curiosamente, foi derrubado por um compatriota: Jackie Stewart.
O quarto reinado: Jackie Stewart
Stewart, que conquistou o tricampeonato, igualou as 25 vitórias de Clark em Mônaco, em 1973, e o ultrapassou na Holanda.
Jackie Stewart somou 27 vitórias
O tempo de Stewart no trono durou impressionantes 14 anos, em um total de 218 GPs.
Alain Prost e Niki Lauda, ambos na McLaren em 1984
Em 1985, Niki Lauda e Alain Prost, os dois que mais se aproximavam de Stewart, terminaram o ano próximos do escocês. O austríaco fechou com 25 vitórias, empatado com Jim Clark. O francês tinha 21.
Alain Prost iguala recorde de Stewart
Foi apenas dois anos mais tarde (1987) que Prost igualou e passou Stewart. Em Spa, o então bicampeão chegou às 27 vitórias.
Um novo rei chegava ao trono em 1987: Alain Prost
Em Estoril, alcançou a vitória 28, transformando-se no recordista. Prost só foi batido 229 corridas depois, totalizando 14 anos de reinado.
Nelson Piquet ameaçava recordes de Prost
Neste mesmo GP de Portugal de 87, Nelson Piquet era o brasileiro mais bem colocado. Somava 20 triunfos na ocasião.
Surgia a maior ameaça a Prost: Ayrton Senna
Durante a dinastia Prost, o maior rival do francês começava a conquistar seu próprio território: Ayrton Senna.
Senna foi o segundo a bater marca de Stewart
O brasileiro foi o segundo piloto a passar Stewart. Isso ocorreu em Interlagos, em 1991, na sua vitória de número 28.
Senna ameaçava Prost, mas o francês administrava a liderança
Na ocasião, o ranking de vitórias tinha Prost com 44, Senna com 28 e Stewart com 27. Piquet acumulava 22 e Mansell 16.
Nigel Mansell também superou marca de Stewart
O terceiro piloto a deixar Stewart para trás foi Mansell. O britânico conseguiu a vitória 28 diante da sua torcida, em Silverstone, 1992.
Poucos imaginavam onde Schumacher chegaria
Meses mais tarde, ainda em 1992, um jovem promissor e que disputaria o Reinado das Pistas vencia sua primeira prova. Em Spa, Michael Schumacher terminou em primeiro.
Alain Prost se aposenta como Rei
A temporada 1993 foi a última de Prost no grid. E foi a chance que ele teve de ampliar a hegemonia que criou. Fechou sua marca com 51 vitórias, uma delas obtida em Hockenheim.
Senna ameaçava destronar Prost
Aquele temporada terminou com Ayrton Senna somando 41 vitórias. Era o candidato mais provável a roubar o trono de Prost.
Em 1994, Senna poderia ter subido ao trono da F1
Infelizmente, o brasileiro não pôde quebrar o recorde do rival Prost. No dia 1º de maio, em Imola, faleceu após acidente na curva Tamburello.
Caminho para o trono estava livre para Schumacher
Sem Prost e Senna, a Fórmula 1 via o início da construção do maior "Império" da categoria. Schumacher consolidava-se como o maior da sua geração.
Em 2001, em Budapeste, o alemão igualou a marca de Prost
A partir de 2000, Schumacher e Ferrari estabeleceram nova dinastia na categoria. O alemão igualou Prost em títulos e vitórias na mesma corrida.
O novo imperador chega ao Trono
A supremacia de Schumi aconteceu em Spa, no mesmo ano. O alemão alcançou o recorde de 52 vitórias na mesma pista que estreou e venceu pela primeira vez na carreira.
Schumacher comemora sua vitória número 91
Após alcançar incríveis 7 títulos, Schumacher estabeleceu o novo "sarrafo" para as próximas gerações em 91 vitórias, marca considerada impossível de ser repetida.
Fernando Alonso bateu Schumacher em 2005 e 2006
Assim que Schumacher se aposentou, uma nova geração começou a ganhar força. Fernando Alonso foi aquele que interrompeu a hegemonia de títulos (2005 e 2006).
Lewis Hamilton chegou com tudo na F1
Lewis Hamilton estreou no grid em 2007. Brigou pelo título já no ano de estreia. Foi campeão na temporada seguinte.
Outro postulante ao trono surgia em 2007
Também em 2007, Sebastian Vettel fez sua primeira corrida, ainda pela BMW. No ano seguinte, estrearia como piloto regular pela Toro Rosso.
Alonso foi grande, mas não chegou nem perto do trono
Alonso alcançou menos do que se esperava. Terminou a carreira no ano passado com 32 vitórias, uma a mais que Mansell, 9 a menos que Senna.
Vettel chegou a ser visto como grande ameaça
Vettel, pelos anos dominantes de Red Bull, parecia ser aquele que "caçaria" o compatriota Schumacher. Após o seu tetracampeonato, aos 26 anos, já tinha 39 vitórias.
Mas hoje a tarefa parece mais difícil para o alemão
Mas na Ferrari reduziu o ritmo. Somou mais 14 conquistas, chegando a 53 triunfos.
Aos poucos, Hamilton se estabeleceu ao redor do trono
Enquanto Vettel sofre na Ferrari, Hamilton sobra na Mercedes. Antes de seguir para a escuderia alemã, o inglês já acumulava 21 vitórias.
Um novo rei na F1?
Com a Mercedes, já foram quatro títulos, com mais 61 vitórias, totalizando 82.
Trono na mira
O inglês está 9 vitórias atrás de Schumacher. Se conseguir manter a média de vitórias por ano, alcançará o alemão em 2020.
37

GALERIA: Top 50 de líderes de corridas dos Mundiais de Fórmula 1

1: Lewis Hamilton, 143
2: Michael Schumacher, 142
3: Sebastian Vettel, 103
4: Ayrton Senna, 86
=5: Alain Prost, 84
=5: Fernando Alonso, 84
7: Kimi Raikkonen, 83
8: David Coulthard, 62
9: Nelson Piquet, 58
=10: Nigel Mansell, 55
=10: Nico Rosberg, 55
=12: Jackie Stewart, 51
=12: Rubens Barrichello, 51
14: Mika Hakkinen, 48
15: Damon Hill, 45
16: Jim Clark, 43
=17: Jenson Button, 42
=17: Felipe Massa, 42
19: Niki Lauda, 41
20: Juan Manuel Fangio, 38
=21: Graham Hill, 32
=21: Gerhard Berger, 32
=21: Juan Pablo Montoya, 32
24: Stirling Moss, 31
=25: Riccardo Patrese, 29
=25: Mark Webber, 29
=27: Jack Brabham, 28
=27: Ronnie Peterson, 28
29: Rene Arnoux, 25
=30: James Hunt, 24
=30: Alan Jones, 24
=32: Jody Scheckter, 23
=32: Valtteri Bottas, 23
34: Mario Andretti, 22
=35: Alberto Ascari, 21
=35: Ralf Schumacher, 21
=37: Clay Regazzoni, 20
=37: Keke Rosberg, 20
=37: Jacques Villeneuve, 20
40: Jacky Ickx, 19
=40: Carlos Reutemann, 19
=40: Jean Alesi, 19
=43: Emerson Fittipaldi, 18
=43: Gilles Villeneuve, 18
=43: Daniel Ricciardo, 18
=43: Max Verstappen, 18
=47: John Surtees, 17
=47: Denny Hulme, 17
=49: Dan Gurney, 16
=49: Jarno Trulli, 16
50

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HAMILTON SOBRA E FERRARI BATE-CABEÇA

O pentacampeão ficou mais perto do hexa ao vencer o Grande Prêmio da Rússia no último domingo. A vitória de Hamilton veio muito graças a uma "trapalhada" da Ferrari na estratégia que criou mais uma capítulo de tensão entre Charles Leclerc e Sebastian Vettel. Isso foi tema de debate no último podcast do Motorsport.com. Ouça abaixo.

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