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Entenda problema que causou 'blecaute' de imagens durante treino da F1 no Canadá

Problemas vistos no Canadá e no treino livre da Austrália mostram realidade de anos da F1 graças às novidades de segurança

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19, Sergio Perez, Red Bull Racing RB19, out of the pit lane

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Nova tecnologia, novos problemas. Pela segunda vez na temporada 2023 da Fórmula 1, uma sessão de treinos livres foi interrompida sem nenhuma emergência aparente dentro da pista.

O primeiro treino livre para o GP do Canadá durou menos de cinco minutos quando a bandeira vermelha foi acionada devido à Alpine de Pierre Gasly ficar parada da pista. Inicialmente, a interrupção deveria durar apenas para a retirada do carro, mas acabou se estendendo até o fim da regressiva de 60 minutos.

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O que levou a essa situação foi uma falha na conexão de fibra ótica do sistema de câmeras internas do circuito. Por isso, as imagens não estavam sincronizadas, dificultando a supervisão da pista em tempo real pela direção de prova.

A busca pela raiz do problema continuou para além do fim do TL1, o que alarmou a Liberty Media, oferecendo como solução alternativa o uso das imagens de todas as câmeras de televisão existentes pelo circuito (sim, são duas operações diferentes). Mais tarde foi identificada a falha em uma conexão de fibra ótica e, assim que ela foi substituída, a operação retomou a normalidade.

No GP da Austrália, mais cedo neste ano, vimos uma bandeira vermelha surgindo cinco minutos após o início do TL1, interrompendo a sessão sem a presença de incidentes na pista.

Hamilton, Wolff e D'Ambrosio durante o TL2

Hamilton, Wolff e D'Ambrosio durante o TL2

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

Naquele caso, foi um problema com um servidor que acabou desativando todos os dados de GPS, deixando a direção de prova e as próprias equipes no escuro sobre a posição dos carros na pista.

Naquela ocasião, algumas pessoas de dentro se surpreenderam com a decisão da direção de prova, mas os efeitos da ausência de dados via satélite foram visíveis quase que imediatamente, com um quase choque entre três carros devido à impossibilidade dos engenheiros de pista em avisarem seus pilotos de que outros se aproximavam por trás.

O sistema de GPS, assim como o circuito interno de câmeras, fazem parte dos sistemas de segurança que se mostraram indispensáveis para que os carros de F1 possam ir à pista. No primeiro caso, a posição detectada em tempo real pelos satélites assume a função dos espelhos retrovisores, além de ajudar na formulação de estratégias na classificação sobre o momento de mandar alguém à pista.

Apesar da FIA ter decidido ampliar as dimensões mínimas dos espelhos, os pilotos têm consciência de que o ângulo visual oferecido pelos retrovisores não cobrem toda a área da pista e, sobretudo, não permite ver um carro que se aproxima por trás à grande velocidade.

Os engenheiros compensam esse problema alertando os pilotos sobre o tráfego pelo rádio, sendo instruções que se mostraram imprescindíveis para que eles possam circular pelos treinos e classificação.

No caso das câmeras, se trata de uma ferramenta fundamental para os diretores de prova, que os permitem vigiar a pista com ângulos fixos que cobrem todo o traçado, sendo acompanhados em tempo real pelo pessoal da FIA.

É preciso lembrar que, em Montreal, já tivemos acidentes relacionados à presença das marmotas na beira da pista (em 2007, Anthony Davidson perdeu a terceira posição ao atropelar uma) mas, em geral, essas imagens servem para avisar a tempo as equipes sobre qualquer imprevisto que possa colocar em risco a segurança da pista.

Não podemos estranhar o fato de que a ausência desses dispositivos de segurança gerem uma bandeira vermelha, seja por dez minutos como em Melbourne ou durante toda uma sessão como no Canadá. Essas questões viraram parte integrante da segurança da F1, sendo introduzidas ao longo dos anos pela FIA, e em suas ausências, não se permitem mais atividades de pista.

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