EXCLUSIVO: Os bastidores do café da manhã com Toto Wolff no GP de São Paulo

O Motorsport.com te conta como foi conversar exclusivamente com o chefe de equipe da Mercedes

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes-AMG

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

Fazer uma entrevista, seja ela coletiva ou exclusiva, faz parte da rotina de um jornalista. Mas algumas são e acontecem de uma maneira especial e, até mesmo, inusitada. A conversa com Toto Wolff, chefe da Mercedes, e um dos principais nomes da Fórmula 1, estava marcada para acontecer às 10h30 do sábado.

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Como o fim de semana no Brasil acontece em formato sprint, isso significava que a conversa aconteceria meia hora antes da classificação para a prova curta. Era de se imaginar que o ‘papo’ aconteceria nas mesas que ficavam dispostas do lado de fora da hospitalidade da Mercedes.

Mas, bom, não foi bem isso que aconteceu. A assessora nos surpreendeu informando que Wolff receberia o Motorsport.com na sala dele. Uma sala que, talvez, apenas cinco pessoas na vida passaram por ali: Lewis Hamilton, George Russell, Niki Lauda, o assessor pessoal de Toto e, por ser no Brasil, o engenheiro brasileiro, Leonardo Medeiros - o qual, o austríaco não o conhece por “Leonardo” e sim, por Léo. 

Foi preciso alguns segundos para que o chefe da Mercedes entendesse que estávamos nos referindo a ele, já em um momento informal, mais ao fim da entrevista, quando nos preparávamos para tirar uma foto e registrar aquela situação única. 

 

A sala era sóbria, mas muito elegante. Na parede, fotos de grandes momentos de Hamilton com a Mercedes. O ‘chefão’ da equipe estava sentado, tomando café da manhã e fez questão de certificar que não queríamos comer o mesmo que ele: uma espécie de torrada com presunto e tomatinho cereja - no qual ele deixou claro que em Drive to Survive ele explica melhor. Sim, ele perguntou se já tínhamos visto a série. 

A simpatia do austríaco chamou atenção. Acredito ter sido um dos grandes pontos dessa entrevista, ver de perto o quanto um dos principais nomes da Fórmula 1 é cordial e atencioso. Talvez pela altura ou até mesmo pelo traços, o austríaco sempre passou uma imagem de intimidador, impressão que foi quebrada nos primeiros segundos de troca que tivemos. Wolff fez questão de nos oferecer um café e entender quem éramos antes de entrar na ‘sabatina’.

Quando a funcionária voltou com dois capuccinos, e tínhamos pedido um café expresso, ele fez questão de providenciar uma troca. Aceitamos o que tinha vindo e ele garantiu que aquele era o melhor capuccino do mundo - e de fato, era excelente. Nisso tudo, fomos informados que teríamos 15 minutos de entrevista, que para uma exclusiva é tempo considerável. 

No momento em que a conversa de fato começou, Wolff interrompeu o papo brevemente para uma das observações mais curiosas que ele poderia fazer: ficar surpreso com o Otter. Uma ferramenta que transcreve o que está sendo dito em tempo real. 

Sim, o chefe da Mercedes na Fórmula 1 não sabia da existência do dispositivo e ficou encantado como aquilo funcionava. Pediu para que soletrássemos como se escrevia e anotou no bloco que estava em sua mesa, determinado a passar aquela informação adiante - com um deslumbramento evidente a respeito do que tinha visto.

Respondendo de maneira sincera, Toto Wolff foi bem transparente nas palavras. O austríaco foi questionado sobre a regulamentação de motores de 2026, o que fazia a Red Bull estar tão à frente da concorrência, se ele tinha medo de que ‘Hamilton x Rosberg’ se repetisse com a presença de Russell e até mesmo Massa 2008. 

Entre uma resposta e outra, o chefe de 1m96 pisou no meu pé direito. Prontamente se desculpou e continuou a ecoar aquilo que estava dizendo. O papo de 15 minutos? Foi se alongando. Os 15 se duplicaram e tornaram-se 30 e só precisou ser encerrado porque a classificação sprint iria começar e o responsável pela equipe de Brackley tinha que chegar até os boxes para comandar uma equipe. Se dependesse de Wolff, a conversa continuaria por muito tempo, ele tinha o que falar e nós queríamos ouvir.

Um croissant com canela foi colocado à nossa disposição no ‘meio do caminho’. O encerramento ‘oficial’ da conversa chegou - porque Wolff e nós, fomos avisados pelo assessor que só tínhamos dois minutos - já eram 10h57.

Enquanto se levantava para posar para foto, comentou sobre a torcida brasileira. Destacou a paixão que as pessoas expressavam pela equipe e ficou fascinado quando falamos que se ele voltasse a subir no pódio, a arquibancada iria à loucura.

Saímos da sala, passamos pela mesa onde os outros funcionários da Mercedes estavam, e que provavelmente se reuniriam ali após o quali para entender o que tinha acontecido na sessão, e encaramos um corredor de pessoas. Eles esperavam o Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, que joga os fones de comunicação na mesa quando está com raiva, enquanto nós tínhamos acabado de ter contato com Torger.

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