F1: Após fala polêmica de Ecclestone, filha de Reutemann diz que reivindicará título de 1981, de Piquet, para o pai; entenda
Revelação de Bernie sobre favorecimento a brasileiro contra argentino repercutiu no país vizinho; depoimento foi dado a docusérie de ex-chefão da categoria
Filha de Carlos Reutemann, vice-campeão da Fórmula 1 em 1981 pela Williams após revés diante do piloto da Brabham Nelson Piquet, Cora Reutemman reivindicará o título daquela temporada para seu pai após o então chefe do brasileiro e ex-comandante da categoria, Bernie Ecclestone, revelar que massagistas decidiram favorecer o carioca na última e decisiva etapa daquele ano depois de eles terem uma uma "discussão financeira" com o dirigente britânico.
Segundo Cora, sua iniciativa é “uma luta pela verdade”. Ainda de acordo com a herdeira de Carlos, que morreu em julho de 2021 aos 79 anos, "é reparador" que saiba o que ocorreu no GP de Caesars Palace, em Las Vegas. Em entrevista à Radio Mitre, repercutida pelo jornal La Nación, um dos mais importantes da Argentina, Cora disse que Reutemann “nunca falou sobre isso. Isso o machucou até o último dia de sua vida."
"Isso [dos massagistas] eu já sabia. Não só isso, mas algo muito mais sério, que a Brabham não estava apto para correr devido ao efeito solo, que era proibido", afirmou a filha de Reutemann, que também fez um tweet sobre o assunto, embora não tenha detalhado como será a reivindicação.
Entenda o caso
Ecclestone abordou a "discussão financeira" para favorecer Piquet contra Reutemann da seguinte forma: “Tinha muita força G pelo jeito que as curvas foram colocadas [no sentido anti-horário]. E, depois do primeiro dia de testes, ficou claro que os pilotos teriam dores no pescoço. Carlos conseguiu falar com um massagista nos boxes, fui ver esta pessoa e, após uma discussão financeira, eles decidiram favorecer Nelson".
"Não sei se já contei a Carlos”, completou Bernie em depoimento à docusérie ‘Lucky!’, disponível no Brasil no serviço de streaming Star+. Piquet ainda seria bicampeão mundial da F1 com a Brabham em 1983.
Nelson Piquet, Brabham and Bernie Ecclestone
Photo by: Motorsport Images
De todo modo, em 1981, o brasileiro e Reutemann chegaram ao GP de Caesars Palace separados por somente um ponto, com vantagem para o argentino. O piloto da Williams conseguiu a pole position, mas terminou a prova em oitavo, três postos atrás de Nelson.
Piquet foi quinto e deixou seu veículo exausto para celebrar os pontos que garantiram a conquista do primeiro de seus três títulos mundiais na F1. Aliás, os dois primeiros foram com a Brabham, sob comando de Ecclestone, que também era chefão da FOCA.
A sigla, em inglês, significa Associação de Construtores da F1, cujo grande ato foi a negociação dos direitos de transmissão da categoria, que contribuiu para a popularização do esporte e consolidou Bernie como seu 'homem-forte'. Carlos se aposentou em 1982 e Nelson foi tri pela Williams em 87.
Repercussão na Argentina
A revelação de Ecclestone gerou a ira dos fãs argentinos de F1 nos últimos dias, com alguns dos principais veículos de mídia do país, como Clarín, Página 12 e Olé, repercutindo o depoimento do ex-chefão da F1. Nas redes sociais, perfis especializados e entusiastas hermanos se revoltaram.
Carlos Reutemann, Williams
Photo by: David Phipps
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