F1 - Barrichello: Hamilton merecia mais de 10s de punição, e Senna também não teria tirado o pé

Ex-piloto da F1 comentou sobre a polêmica de SIlverstone em live com Reginaldo Leme

Pole man Lewis Hamilton, Mercedes, is interviewed after Qualifying

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Para o piloto Rubens Barrichello, Lewis Hamilton deveria ter recebido uma punição maior que os dez segundos pelo toque com Max Verstappen na primeira volta do GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1, e ainda fez uma comparação entre o incidente com a atitude que Ayrton Senna teria se estivesse na mesma situação.

Nas lives que faz com o jornalista Reginaldo Leme após cada GP, Barrichello foi questionado sobre o incidente, se conseguia apontar algum culpado.

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“Não vou me isentar da polêmica", disse Barrichello. "Eu falo para os meus filhos: se você vai por fora de alguém, ou você tem o carro inteiro à frente, ou você tem que entrar metade na frente, para que a pessoa de trás tenha a decisão de tirar o carro ou de colocar o carro e te jogar para fora. Não tem muito o que fazer".

“Na realidade, o Hamilton tinha espaço para ter virado antes e, portanto, o toque poderia ter sido evitado da parte dele. O Verstappen até deixou um pouco mais de espaço que ele poderia".

Barrichello destacou ainda como que a mudança no formato de final de semana por causa da introdução da corrida sprint colocou Mercedes e Red Bull em posições distintas em termos de ajustes dos carros.

“Mas aí o que vinha acontecendo, Regi? Isso se tornou uma coisa interessante, diferentemente de outras classificações, de outros momentos de F1, dessa vez houve uma hora de treino para definir qual era o carro que classificaria, e a Red Bull escolheu ter muito mais asa, o carro fazia muito mais curva que o da Mercedes, mas ela andava muito menos na reta".

“Na primeira volta da outra largada, a gente viu que o Hamilton quase passou, pensamos ‘vamos ter uma corrida emocionante’, depois de duas voltas, o Verstappen desapareceu. Então, o Hamilton veio com isso na cabeça, ‘eu preciso passar, eu preciso passar, eu preciso passar’ e ele foi para todos os lados".

“Caso ali naquela curva chamada Priory, não tivesse espaço, eles já teriam batido lá. Agora, você vai me perguntar: era para alguém ter tirado o pé, poderiam ter tirado o pé, poderiam ter evitado? Com certeza, mas um quis ir meio para cima do outro".

“O Hamilton deu uma sorte danada de não ter quebrado nada, porque essa pancada, uma rodinha pelo menos poderia ter virado".

O ex-piloto da Ferrari na F1 comentou ainda sobre a mensagem de Verstappen a Hamilton, que criticou o rival por estar celebrando a vitória enquanto ele estava no hospital passando por exames após a batida.

“Eu conheço os dois pilotos, ganhar em casa, é tudo o que um cara quer. Quando acabou meu combustível no Brasil, que eu tinha certeza que ganharia em 2003, esse é um sentimento que está presente, o meu público está ali, o cara ganhar em casa, a gente tem que ficar feliz por isso, mas acho que o que deixou muita gente indignada foi que ele ficou com uma comemoração típica de casa e o outro estava escrevendo do hospital".

Barrichello ainda deu o seu veredito, classificando a punição dada pelos comissários a Hamilton como branda.

“Para mim, eu daria culpa ao Hamilton e não daria os 10 segundos. As punições são: 5 segundos, 10 segundos, drive through e por aí vai, tem mais. Eu daria mais do que 10 segundos, porque os 10 segundos, com o peso que ficou, ele tinha a chance de ganhar, se bem que o Leclerc estava em uma corrida que parecia que ele estava imbatível".

“O Verstappen tem 23 anos, vem um cara que é milhões de vezes campeão, é quase inevitável imaginar que é ele que tem que pensar (em não bater) porque o de 23 não vai pensar".

“O acidente só teria sido mais elaborado para que não acontecesse daquele jeito, se o Hamilton não tivesse ido para cima".

“A gente está falando de dois gênios: Hamilton e Verstappen. O Verstappen é aquele que futuramente poderá bater todos os recordes desse Hamilton de agora, são duas pessoas acima da média".

O brasileiro ainda concluiu estabelecendo uma comparação entre o que aconteceu com Hamilton e Verstappen e Ayrton Senna, afirmando que o tricampeão também não teria tirado o pé.

“Muita gente pergunta: o chefe (Senna) teria tirado o pé? Nem por fora e nem por dentro. O que o Prost fez com ele no passado, fez com que ele ficasse com aquilo e fosse de catapulta para frente".

"É o que vai acontecer agora. São dois gênios, não estamos calculando se o Hamilton é melhor que o chefe (Senna), estamos só mostrando que foi exatamente isso que fez com que o Ayrton fosse indo até o Japão. Ele disse ‘ah é? Vocês vão fazer eu largar desse lado aqui? Então, espera que vocês vão ver, eu não vou tirar o pé para nada".

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