F1 - CEO da McLaren detona sistema de superlicença e 'novela' Herta: "Verstappen e Raikkonen não seriam elegíveis"
Zak Brown acredita que Indy, e seus pilotos, deveriam ser mais valorizados dentro da principal categoria do automobilismo
No auge do drama envolvendo os pilotos da Alpine, a Red Bull estava disposta a liberar Pierre Gasly de seu contrato em 2023 para se juntar à equipe de Enstone, mas apenas se pudesse obter o piloto norte-americano da Indy, Colton Herta, para substituí-lo na AlphaTauri na próxima temporada da Fórmula 1.
Mas com Herta tendo apenas 32 dos 40 pontos necessários para corre na F1, essa lacuna parece ter se fechado, pois a FIA anunciou que não abriria nenhuma exceção para o americano. Isso provocou comentários irados por parte do conselheiro da Red Bull, Helmut Marko, que disse que era "incompreensível" que um vencedor de sete corridas na Indy não pudesse obter uma licença e que era uma oportunidade perdida de colocar um talentoso piloto norte-americano na F1.
Zak Brown, CEO da McLaren, que tem um acordo com Herta em um programa de testes na categoria, acha que as regras da superlicença precisam de uma revisão completa, pois ele sente que a Indy está subvalorizada. Tanto o campeão da Indy quanto da Fórmula 2 da FIA obtêm os 40 pontos necessários para uma superlicença, mas do segundo lugar para baixo na Indy vale menos que a principal categoria de base d F1, apesar de seu pedigree mais forte.
"Acho que todo o sistema da superlicença precisa ser revisto", disse ele à mídia selecionada na final da Indy em Laguna Seca. "Eu entendo que as regras são o que são e que não devem ser quebradas, mas eu questiono se apenas porque são essas as regras que estão em vigor que elas são as corretas.
"Alguém do calibre de Colton ou de Pato, ou do meio do grid [Indy] são capaz de estar na Fórmula 1. Se alguém como Colton, que venceu muitas corridas da Indy, não é elegível para uma superlicença, acho que precisamos revisar o sistema de superlicença."
Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda
Photo by: Jake Galstad / Motorsport Images
Brown aponta que os campeões mundiais Max Verstappen e Kimi Raikkonen, que entraram no esporte ainda jovens e pularam totalmente a Fórmula 2 ou algo equivalente, também não seriam elegíveis se o sistema atual estivesse em vigor quando eles entraram.
"Acho que Max Verstappen não seria elegível para uma superlicença, não acho que Kimi Raikkonen seria elegível para uma superlicença", disse Zak.
"Então, se você voltar e olhar, há alguns caras, campeões mundiais, que não teriam sua superlicença no ambiente de hoje."
A McLaren estava disposta a deixar Herta testar com a Alpine em Hungaroring para aumentar ainda mais a experiência, mas entende-se que a atividade também está encerrada agora que uma vaga na F1 não vai acontecer.
Herta ainda pode participar de um treino livre na próximas etapas do calendário, já que a McLaren ainda precisa cumprir suas obrigações de colocar um novato no assento para duas sessões de TL na sexta-feira.
Oscar Piastri, que foi contratado pela equipe de Woking para 2023, ainda tem vínculo com a Alpine, portanto, Herta e outras estrelas da Indy e pilotos de teste da McLaren na F1, como Pato O'Ward e Alex Palou são os principais candidatos para preencher essas duas vagas.
"Eu não descartaria Colton, mas qualquer coisas que fizermos será do interesse da McLaren, em vez de ajudar a AlphaTauri", Brown adicionou. "Quem colocamos depende do conhecimento da pista. Obviamente, Pato no México é um cenário."
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