F1: CEO diz que Alpine pode encerrar Academia de Pilotos após novela Piastri

Formação atual da Academia possui o brasileiro Caio Collet entre os pilotos apoiados pela marca francesa

Fernando Alonso, Alpine A522

Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images

A novela envolvendo Oscar Piastri e a McLaren não caiu bem na Alpine, e pode ter implicações maiores para o envolvimento da marca na Fórmula 1. Em entrevista, o CEO Laurent Rossi afirmou que considera seriamente fechar seu programa de desenvolvimento de jovens talentos assim que cumprir as obrigações contratuais com os pilotos atuais.

Com 2023 se aproximando, a Alpine ainda busca o segundo piloto para o próximo ano. Inicialmente, pensava em renovar com Fernando Alonso, que decidiu ir para a Aston Martin logo no começo da pausa de verão.

Leia também:

Na sequência, o time francês anunciou que o campeão da Fórmula 2 e piloto reserva Oscar Piastri, seria promovido ao lado de Esteban Ocon, o que desencadeou uma longa novela. O australiano negou a informação porque já havia assinado com a McLaren, e seu destino foi decidido apenas depois de uma intervenção da Junta de Reconhecimento de Contratos, que deu ganho de causa ao time de Woking.

Desde então, a Alpine vem deixando bem claro que o caso Piastri não caiu bem na direção da marca, por mais que o CEO tenha reconhecido que o problema surgiu com a falta de um contrato mais forte da marca com o australiano.

Mas isso não altera o fato de que a Alpine está decepcionada que, apesar de todos os investimentos e oportunidades oferecidas, Piastri tomou a decisão de fazer sua estreia na F1 pela McLaren.

E declarações recentes deixam dúvidas sobre as consequências na forma como as equipes da F1 lidem com seus programas de jovens talentos. Rossi, por exemplo, coloca em xeque o futuro da Academia da Alpine.

"O problema é que isso torna o mercado muito fluido, e coloca em risco as partes interessadas que investem em alguém", disse. "Se você decidir que vai economizar dinheiro todo ano ao não investir em jovens pilotos, atraindo-os com o dinheiro economizado, está escolhendo um ponto de partida diferente".

"Não sei se quero continuar treinando estes pilotos, ou se terei que colocá-los em um contrato que pode não ser atrativo para eles. Como solucionar isso?".

"Agora estamos questionando se continuamos para além da leva atual de pilotos que temos, e cujos contratos vamos honrar até o fim das nossas obrigações, já que temos planos de longo prazo com eles. Nos perguntamos se aceitaremos novos pilotos, por que faríamos isso".

No momento, a Alpine possui quatro pilotos oficiais em sua academia: o brasileiro Caio Collet e o francês Victor Martins, que disputaram a F3 neste ano, além de Jack Doohan e Olli Caldwell, da Fórmula 2. A marca ainda possui outros pilotos afiliados, incluindo o brasileiro Matheus Ferreira, que corre no kart.

Podcast #195 - Fantasma de Abu Dhabi assombra Monza: o que mudar na F1?

 

ACOMPANHE NOSSO PODCAST GRATUITAMENTE:

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior F1: De Vries confirma conversas com Marko, mas diz que futuro está "fora de seu controle"
Próximo artigo F1 - CEO da McLaren detona sistema de superlicença e 'novela' Herta: "Verstappen e Raikkonen não seriam elegíveis"

Principais comentários

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Motorsport prime

Descubra conteúdo premium
Assinar

Edição

Brasil