F1 deve abandonar ideia de corridas com grid invertido para 2020
Proposta precisava de apoio unânime de equipes da Fórmula 1. Ideia seria testada pela primeira vez no GP da França de 2020
Os dirigentes da Fórmula 1 deverão abandonar a ideia de testar diferentes formatos de final de semana de corrida em 2020, depois que as equipes se manifestarem contrárias a proposta de realização de corridas com Grid invertido.
A Liberty Media, proprietária da categoria, vem estudando maneiras de incrementar o espetáculo e esperava testar formatos alternativo em três sessões classificatórias no próximo ano para ver o impacto que isso teria na recepção do público.
A ideia era que, em três GPs - França, Bélgica e Rússia - a sessão classificatória normal da F1 fosse substituída por uma corrida curta, cujo grid seria formado com a ordem inversa dos pilotos no campeonato.
O resultado final desta corrida, com cerca de 100 km de duração (algo entre 14 e 18 voltas), decidiria a ordem de largada do evento principal no domingo.
O assunto foi discutido na última reunião para a definição das regras da F1, que aconteceu em Paris nesta quarta-feira. No entanto, a proposta não conseguiu o apoio unânime necessário para que a mudança no regulamento de 2020 acontecesse. Outras sugestões chegaram a ser discutidas, mas nenhuma criou entusiasmo entre os chefes de equipes.
Além disso, é amplamente aceito que o formato de qualificação atual é popular entre os fãs, então há pouco benefício em experimentar um formato diferente no sábado, principalmente se o resultado alcançado for quase idêntico ao atual.
Ross Brawn não conseguiu apoio dos chefes de equipe.
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
No mês passado, o diretor de esportes da F1, Ross Brawn, afirmou que o esporte precisava ser aberto a experimentos para se atualizar e manter sua popularidade dentro da crescente concorrência na esfera do entretenimento.
"Entendo que os puristas possam estar preocupados, mas não devemos ter medo de conduzir um experimento, caso contrário não poderemos progredir", afirmou.
“Não queremos mudanças apenas por mudar; queremos melhorar nosso esporte, porque, assim como o desenvolvimento dos carros, se você ficar parado, corre o risco de ficar para trás".
Mas sem uma resposta definitiva sobre o assunto, é improvável que o esporte se arrisque a impor algo assim a partir de 2021, mesmo que fosse necessário apenas o apoio da maioria das equipes para a aprovação.
Analisamos as propostas técnicas para 2021
Recentemente a Fórmula 1 divulgou as primeiras imagens de um modelo de testes sendo testado no túnel de vento da Sauber (Alfa Romeo). De acordo com os responsáveis técnicos, o carro mostrou resultados positivos no que diz respeito a redução da turbulência que hoje dificulta que os pilotos façam ultrapassagens.
Isso se deve à aplicação do efeito solo, algo que a categoria baniu nos anos 80 por conta do elevado número de acidentes associados à tecnologia. Relembre o teste do carro e nossas análises sobre a F1 de 2021 e sobre o efeito solo.
O teste no túnel de vento:
Nossa análise exclusiva do modelo 2021:
Efeito Solo
O controverso sistema que 'gruda' os carros ao chão e beneficia as ultrapassagens já foi banido da Fórmula 1 no passado por ser considerado muito perigoso. No entanto, os entusiastas lembram que a competição era mais acirrada no período em que a tecnologia esteve presente. Relembre as curiosidades sobre o efeito solo:
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