F1: Emissora belga suspende comentarista que chamou Stroll de "autista" durante transmissão
De acordo com comunicado da companhia, uma investigação interna foi aberta para ouvir todos os envolvidos e entender a razão da fala ter sido dita
Um novo caso de discriminação aconteceu no fim de semana da Fórmula 1. O comentarista Lionel Froissart, da emissora de rádio e televisão belga RTBF, chamou Lance Stroll de "autista" durante a transmissão da corrida do GP da Áustria de 2022.
Naquele momento da corrida, Froissard disse "Stroll, o autista". O comentário não foi bem visto pelo seu companheiro de transmissão, Gaetan Vigneron, que tentou dar a ele uma chance de corrigir suas palavras: "O que você disse é muito forte, acho que está indo longe demais".
A oportunidade não foi aproveitada por Froissart que confirmou: "Sinceramente, é a verdade".
A situação gerou comentários nas redes sociais e a companhia RTBF iniciou um processo de investigação sobre o ocorrido e, a partir de agora, eles não terão mais o comentarista até que tudo tenha terminado.
"A RTBF condena veementemente as palavras usadas neste domingo 10 de julho, no ar pelo seu conselheiro Lionel Froissart durante o GP da Áustria", expressou a companhia por um comunicado.
"Associar o autismo à forma como um piloto se comunica foi um erro totalmente inconsistente com os valores da RTBF. Uma investigação interna será realizada para escutar todas as pessoas envolvidas."
"O objetivo é entender, em detalhes, o pode ter levado a este incidente. Enquanto espera os resultados da investigação, a RTBF deixará de trabalhar com o conselheiro em questão até novo aviso."
Lance Stroll, Aston Martin AMR22
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Durante os últimos dias surgiram diversos casos de comentários negativo como o de Juri Vips e Nelson Piquet, que usaram palavras racistas em diversos momentos levando à desaprovação pública.
Apesar dos esforços da Fórmula 1 para combater o racismo, discriminação e dar espaço às minorias, Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, considera que ainda há muito a ser feito.
"É hora de agir. O We Race as One era muito bom, mas eram apenas palavras. Na verdade não foi feito nada. Não houve financiamento para nada, não teve um programa que realmente criaria uma mudança e que provocaria essa conversa," disse o sete vezes campeão do mundo.
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