F1: Entenda por que os pit stops ficarão mais lentos a partir do GP da Hungria
Novas regras servirão para valorizar mais a "reação humana", segundo a FIA; mudança pode afetar briga pelo título
Os chefes de equipe da Fórmula 1 reagiram às mudanças da FIA quanto às diretrizes de pit stop, que deixariam as paradas mais lentas, antes do GP da Estíria no fim de semana passado. A organização quer menos automatização e valorizar a "reação humana" com o Artigo 12.8.4 - que estipula “Qualquer sistema de sensor só pode agir passivamente”.
Sabemos que as escuderias possuem tecnologias que conectam suas pistolas hidráulicas ao cavalete dos boxes e os semáforos que sinalizam ao piloto para acelerar quando a troca for concluída.
É neste ponto que o foco muda para se esses sistemas são "passivos" e as informações apenas registradas, ou se estão sendo usados "ativamente" para acionar a próxima fase do pit stop.
Isso abre o debate sobre se tal comportamento ajudou as equipes a exceder efetivamente o tempo de reação humana típico, medido em torno de 200-250 milissegundos.
Se uma equipe tem um sistema que dispara automaticamente a próxima parte da parada assim que um sensor o detecta, ela pode reduzir a reação em cada elemento: o que pode somar alguns décimos de segundo.
É por isso que a FIA agora quer que haja um mínimo de tempo de cada um dos principais processos durante o pit stop: 0,15 segundos desde as rodas no carro até o macaco ser baixado e 0,2 segundo desde o carro sendo baixado até ser liberado.
Esses requisitos obviamente diminuirão a velocidade por uma pequena margem, já que algumas das equipes claramente chegaram a um ponto em que estavam operando além dos novos limites.
Claramente, quem tem mais a perder com os novos procedimentos é a Red Bull, que fez a troca mais rápida seis vezes nas primeiras oito corridas. Três delas abaixo de dois segundos, algo que ninguém mais conseguiu até agora nesta temporada, com a Aston Martin chegando mais perto: 2s8 em Portugal.
Não é apenas sobre a parada
McLaren pit crew members attempt to assist Valtteri Bottas, Mercedes W12, in the pit lane
Photo by: Steven Tee / Motorsport Images
A proximidade do pelotão e o impacto estratégico dos pilotos estarem na "janela de boxes" uns dos outros também está colocando mais à prova várias fases de um pit stop nesta temporada.
O erro durante a parada de Valtteri Bottas no GP de Mônaco mostra como até o menor equívoco pode ter consequências dramáticas.
A rodada do finlandês na Áustria destaca o desejo de melhorar a velocidade em toda a sequência do pit lane, já que décimos também podem ser encontrados na fase de frenagem e aceleração.
Embora a experiência do piloto de sair em segunda marcha falhou e lhe custou uma penalidade de três posições no grid, deu à equipe algumas das respostas que estava procurando.
Foi mais uma tentativa de recuperar algumas perdas da Mercedes em relação à Red Bull, com a equipe identificando a quantidade de patinagem ao sair do box como um fator que contribuiu para a perda de tempo para Max Verstappen na França.
Todas as frações de segundo se somam e, se não forem fatoradas corretamente no delta do pit stop - velocidade de entrada para a linha do pit lane, ponto de parada, a própria troca, a saída ou a remoção do limitador - você simplesmente perderá muito tempo contra seu competidor.
É por isso que começamos a ver as equipes fazendo parada "inclinadas", na tentativa de criar uma vantagem sobre seus rivais. O ângulo fornece melhor alinhamento para o motorista, especialmente se houver mais de uma equipe nos boxes ao mesmo tempo.
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