F1: Equipes sofrem para cumprir regra de treinos para novatos em 2023

Regra introduzida em 2022 foi mantida para este ano e, até aqui, tivemos apenas 3 cotas cumpridas e mais uma planejada para o GP do México

Oscar Piastri, McLaren MCL36

Foto de: Michael Potts / Motorsport Images

Muitos não se lembram da existência desta regra, mas as equipes da Fórmula 1 sofrem neste ano para cumprir a nota determinada pela FIA no ano passado para abrirem duas vagas em treinos livres durante a temporada para jovens talentos.

A regra especifica que cada piloto titular tem que ceder uma sessão de treinos livres para um novato. É considerado um novato alguém que não disputou mais do que dois GPs na categoria.

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Porém, um piloto titular que é novato no começo da temporada já ajuda as equipes a cumprir 50% da cota. Com isso, McLaren, Williams e AlphaTauri só precisam abrir mais uma vaga no restante do ano, graças a Oscar Piastri, Logan Sargeant e Nyck de Vries, respectivamente.

Diferentemente do ano passado, não tivemos a presença de nenhum novato na primeira metade de 2023. Isso significa que ainda há 17 vagas a serem preenchidas nas últimas 10 provas do ano e, até agora, o único confirmado é Fréderik Vesti com a Mercedes no México.

O desafio maior é que, destas dez corridas restantes da temporada, apenas sete permitem tal esquema, já que Catar, Austin e Interlagos são finais de semana sprint, com somente um treino livre na etapa toda.

Destas sete, outras envolvem outros tipos de problemas. Singapura e Las Vegas são pistas de rua com um alto risco óbvio de incidentes, fazendo pouco sentido alinhas um novato para um TL. Especialmente no segundo, que faz sua estreia no calendário, um fator de risco ainda maior.

Além disso, Zandvoort, Monza e Abu Dhabi têm corridas da F2, com as equipes relutantes em permitir que seus pilotos sejam distraídos com uma programação duplicada, especialmente os que estão lutando pelo título e pontos para a superlicença da F1.

Jack Doohan, Alpine A522

Jack Doohan, Alpine A522

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Todos os sete primeiros colocados da F2 em 2023 são pilotos das academias da F1 potenciais candidatos às vagas: Theo Pourchaire (Alfa Romeo / Sauber), Vesti (Mercedes), Ayumu Iwasa (Red Bull), Jack Doohan (Alpine), Victor Martins (Alpine), Oliver Bearman (Ferrari) e Enzo Fittipaldi (Red Bull).

As preocupações com a tarefa dupla fazem com que Zandvoort e Monza dificilmente sejam palco para os pilotos da F2 nos TLs da F1. E o programa da Itália é ainda mais complicada por causa do segundo teste de alocação de pneus da Pirelli.

É inevitável que várias equipes usem a final em Abu Dhabi para cumprir a regra mesmo com o choque com a F2. Isso já aconteceu no ano passado, quando cinco times contaram com nomes da categoria.

Tais considerações não impactam os reservas da F1 que não estão na F2 atualmente, dando mais flexibilidade às equipes. Nesta lista temos nomes como Felipe Drugovich na Aston Martin, Pietro Fittipaldi na Haas e Liam Lawson na Red Bull / AlphaTauri.

Com isso, restam apenas Suzuka e México, mesmo que estas envolvam os testes da Pirelli com os pneus de 2024 nos treinos de sexta-feira. Isso pode complicar um pouco o planejamento para os finais de semana. Além disso, a condição climática complicada do Japão sempre deixam dúvidas sobre as atividades de pista.

Porém, vale lembrar que, em 2014, a Red Bull colocou Max Verstappen em uma Toro Rosso antes de sua estreia no ano seguinte. Considerando sua experiência em Suzuki graças à Super Formula, Lawson pode ser um candidato ideal para o GP do Japão, enquanto Iwasa seria um caso óbvio de divulgação para a AT e a Honda.

Isso deixa apenas o México, já reconhecido pela Mercedes com Vesti, como um local simples para o teste de novato. Por isso, Abu Dhabi deve ser um desfile de novatos na sexta-feira.

Qual a DIFERENÇA entre o domínio de Max com a Red Bull e o pico de Hamilton/Mercedes? E a McLaren?

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