F1 - Ferrari: FIA não seguiu procedimento correto com diretiva técnica
Após emissão da DT, Mattia Binotto diz que documento não é aplicável por não esclarecer a regra


O chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, disse que a FIA não seguiu os procedimentos corretos a fim de tentar ajudar a resolver os problemas de ‘porpoising’ da Fórmula 1. Isso porque, uma diretiva técnica deve esclarecer as regras e não mudá-las, como foi solicitado.
Após uma sequência de ‘quicadas’ que têm marcado a geração de 2022 dos carros ter sido exacerbada em Baku, os pilotos da categoria, assim como várias equipes, clamaram à FIA para que algo fosse feito devido às preocupações com problemas de saúde.
A FIA trouxe uma resposta durante a semana do GP do Canadá, emitindo uma diretiva técnica para ajudar a combater os efeitos. Lá estava informado que as equipes deveriam formular uma métrica capaz de medir a carga de aceleração vertical dos carros, forçando aquelas mais afetadas a diminuírem o ‘quique’.
Mas, crucialmente, Nikolas Tombazis, diretor de categorias de monopostos da FIA, também ofereceu às equipes a opção de adicionar uma segunda haste metálica para reforçar o assoalho, uma solução que já apareceu na Mercedes na sexta-feira em Montreal.
Porém, a Mercedes removeu a haste no sábado após as rivais sugerirem que havia espaço para um protesto, já que a diretiva de Tombazis era apenas consultiva, com o W13 podendo ser declarado ilegal no escrutínio da FIA.

Mercedes W13 extra floor stay - Canada
Photo by: Giorgio Piola
Chefe de equipe da Ferrari, Binotto disse que, ao emitir essa diretiva técnica, a FIA não seguiu os procedimentos corretos, visto que uma DT não pode mudar o regulamento.
“Para nós essa diretiva técnica não é aplicável”, disse Binotto na noite de domingo. “É algo que mencionamos para a FIA, as razões pelas quais elas não são aplicáveis é porque a DT deve esclarecer as regras e não mudá-las.”
A FIA poderia promover uma mudança de regulamento sem a aprovação de todas as equipes em caso de segurança, mas isso ainda teria que ser aceito pelo Conselho Mundial de Automobilismo. A próxima reunião do conselho será somente no final do mês, antes do GP da Grã-Bretanha, ou seja, uma mudança de regras pode ocorrer antes da próxima corrida.
Binotto admitiu que o ‘porpoising’ é algo válido de ser considerado no futuro, pensando na saúde dos pilotos a longo prazo, mas ele acredita que esses problemas podem ser atenuados sem as intervenções da FIA, ao passo que os times continuam desenvolvendo seus carros de 2022, que são relativamente novos.
Em Montreal, os times afetados pelo problema, incluindo a Mercedes, já viram os problemas com os ‘saltos’ diminuírem, com uma boa performance ao mesmo tempo em que os carros estavam mais altos.
“O ‘porpoising’ é algo que nós precisamos lidar no futuro e tentar reduzi-lo, e nós precisamos fazer isso por meio de uma mudança técnica”, adicionou ele.
“É um problema técnico que precisa ser discutido e como fazer isso, para mim, ainda é uma questão aberta.”
VÍDEO: A Mercedes tem razão ao reclamar sobre o porpoising?
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