F1: Impasse sobre Herta mostra que sistema de pontos para superlicença tira relevância da Indy

Americano precisa de exceção da FIA para pode correr na AlphaTauri, mas algumas comparações mostram que categoria americana não tem o mesmo peso que F2 e F3

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Foto de: Jake Galstad / Motorsport Images

Colton Herta é o nome preferido da Red Bull para ocupar uma das vagas da AlphaTauri em 2023. O piloto de 22 anos de idade, nascido na Califórnia se vê em uma discussão que assola o paddock da Fórmula 1, a de uma possível exceção aberta pela FIA na aquisição de uma superlicença, mesmo sem atingir os 40 pontos.

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Para a temporada de 2023, Herta contaria com 31 pontos, caso mantenha a oitava posição na tabela do campeonato da Indy, que finaliza o seu campeonato em Laguna Seca, no próximo fim de semana.

Herta, foi vice-campeão da Indy Lights em 2018, mas em seu primeiro ano na Indy, em 2019, foi o sétimo colocado com duas vitórias, foi o terceiro no campeonato de 2020 com um triunfo, e venceu três ano passado, garantindo a quinta posição na tabela.

O caminho ainda parece longo para o norte-americano chegar à pontuação necessária para poder representar seu país em 2023, mas algumas características da regra de superlicença colocam ela no topo das discussões sobre o mérito em estar na maior categoria do automobilismo mundial.

O analista Jim Wright, cita casos envolvendo um figurante da F2, uma estrela da W Series e o próprio Herta para mostrar o desequilíbrio da regra.

O primeiro é Roy Nissany, piloto da F2 que não estará em Monza, na penúltima etapa do campeonato, suspenso por ter atingido os 12 pontos negativos por protagonizar acidentes e manobras perigosas durante um ano.

O israelense não tem pontos de superlicença, mas já teve a oportunidade de aparecer em seis treinos livres da F1, estando ao lado de pilotos que, em tese, estão em um estágio muito superior na questão de qualidade e cuidado com o próximo.

Outro exemplo é de Jamie Chadwick, ela está prestes a conquistar seu terceiro título na W Series, se colocando como a melhor pilota da atualidade do mundo. Ao confirmar isso, ela teria 45 pontos para a superlicença, mas a categoria só permitiu o retorno de uma campeã caso as benesses para a superlicença fossem excluídas.

Mas, olhando para dentro da própria categoria, se uma piloto conquista três vices seguidos, ela somaria 39 pontos ‘pra valer’, ficando a um acordo com alguma equipe de F1 para participar de um TL1 para atingir os 40.

A relevância de um campeonato de monopostos como a Indy é indiscutível, recebendo uma das joias da coroa do esporte a motor, em um grid de 24 pilotos. Na prática, ela perde para a W Series, com carros mais lentos e 18 competidoras.

Como exemplo disso, vamos a Austin, pista que recebia as três categorias: F1, Indy e W Series. O melhor tempo de Herta é 14 segundos mais lento que um F1. Isso pode parecer muito, mas não se compara os 33 segundos do feito de Chadwick.

Esse é um dos exemplos que mostram quão desequilibrado é o atual sistema de superlicenças para a F1, que faz com que o quinto colocado da Indy receba 8 pontos, enquanto a mesma colocação na F3 dá 12.

Enquanto a discussão acontece, Red Bull e AlphaTauri vivem um impasse sobre quem estará em seus assentos para 2023 e o consultor esportivo da equipe, Helmut Marko, já cobrou uma solução para este caso o mais rápido possível, esperando uma exceção da FIA.

Pilotos, como Nyck de Vries, com pontuação mais que suficiente para chegar à F1, diz que as regras atuais precisam ser respeitadas, alegando entre outras coisas, que o trabalho das equipes na formação de pilotos nas F2 e F3 seriam prejudicados caso o regulamento mude.

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