F1: Novo chefe da Ferrari, Vasseur cobra ações mais rígidas e rápidas por violação do teto orçamentário
Para Vasseur, mesmo uma violação considerada mínima pelo regulamento pode ser considerada de grande impacto para a performance do carro
Para Frédéric Vasseur, que assume na próxima segunda-feira (09) oficialmente o cargo de chefe de equipe da Ferrari, é preciso que a FIA seja mais rápida e mais rígida na investigação e aplicação de punições por possíveis violações ao teto orçamentário da Fórmula 1, após a polêmica envolvendo a Red Bull em 2022.
Após a auditoria do primeiro ano do regulamento financeiro da F1, 2021, a FIA descobriu que a Red Bull havia excedido o teto orçamentário de 145 milhões de dólares por 1,6%, resultando em uma multa de 7 milhões de dólares e uma redução de 10% na alocação de tempo do túnel de vento pelos próximos 12 meses.
A sanção causou reações mistas no paddock. Enquanto a Red Bull classificou a punição como "draconiana" e "enorme", o diretor esportivo da Ferrari, Laurent Mekies, disse que a penalização não foi longe o suficiente, já que o time austríaco poderá usar o dinheiro economizado pelos testes aerodinâmicos em outras áreas.
Apesar da Red Bull negar que o excesso de gastos tenha impactado a performance do carro, apontando para áreas como alimentação e folha salarial, os rivais ficaram preocupados com a possibilidade de que mesmo um gasto além mínimo possa ter um grande impacto na pista.
Em uma entrevista feita antes de ter sua ida à Ferrari confirmada, o então chefe da Alfa Romeo classificou o teto orçamentário como "a melhor regra que já introduzimos na F1".
Mas ele sente que é importante acelerar o processo, já que o do ano passado levou 10 meses até ser concluído até termos as certificações das equipes, além de ações mais rígidas contra as violações, por menores que possam ser.
"O que temos que trabalhar primeiro, hoje, é que isso levou tempo demais", disse ao Motorsport.com.
Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, Lando Norris, McLaren MCL36, George Russell, Mercedes W13, Lance Stroll, Aston Martin AMR22
Photo by: Steven Tee / Motorsport Images
"Precisamos de um modo em que esses alertas apareçam antes, para que as ações sejam tomadas bem mais cedo. E precisamos ser mais rígidos com as decisões. Ok, essa foi a primeira, mas agora temos que esquecer sobre violações maiores e menores. Porque pra mim, dois ou três milhões não é pouco, é gigante para desenvolvimento".
"Acho que temos que ser bem mais rígidos e mais rápidos com a ação".
Sob o regulamento financeiro, qualquer equipe que exceda o teto em menos de 5% do limite terá cometido uma violação mínima, enquanto acima dos 5% é considerada uma violação material, sendo sujeita a penalizações mais duras.
Mohammed ben Sulayem, presidente da FIA, já delimitou alguns pontos para acelerar o processo de auditoria em 2023, reconhecendo que os resultados precisam sair mais cedo. Vasseur elogiou ainda o chefe do regulamento financeiro da FIA, Federico Lodi, e sua equipe pelo trabalho no primeiro ano.
"Diria que a administração do teto e Federico fizeram um ótimo trabalho. Não podemos nos esquecer disso".
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