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F1: Plano do governo britânico de retomada das atividades aumenta chances de realização de GP em Silverstone

A esperança da F1 de realizar duas etapas em Silverstone ganharam novos ânimos com o projeto do governo britânico de relaxamento da quarentena

The Silverstone Wing and circuit detail of the pit straight

Após um pronunciamento do Primeiro Ministro britânico Boris Johnson, feito na noite do domingo (10), o governo divulgou um documento de 50 páginas nesta segunda detalhando os planos de relaxamento da quarentena nas próximas semanas, o que deu um impulso para a realização do GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1.

A segunda fase do plano inclui "permitir a realização de eventos esportivos e culturais com portões fechados para transmissão, desde que evitando o risco de contato social de larga escala".

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Apesar do plano não entrar em ação antes de 01 de junho, pelo menos, isso ajudou nas chances do GP da Grã-Bretanha acontecer em Julho em Silverstone com portões fechados.

Atualmente, a F1 está trabalhando no projeto para iniciar a temporada 2020 na Áustria em 05 de julho, com o objetivo de criar uma "biosfera" durante as provas europeias, protegendo as pessoas envolvidas com o paddock e as comunidades que podem receber as corridas.

A direção do circuito de Silverstone confirmou no mês passado que só receberia o GP em 2020 com portões fechados, mas Stuart Pringle, diretor da pista, afirmou na época que estava encorajado pela projeção divulgada pelo governo sobre o retorno do esporte.

Após a publicação das diretrizes, um porta-voz de Silverstone disse ao Autosport que a pista e a F1 "continuam em diálogo próximo sobre a situação e estão analisando a possibilidade de fazer o GP da Grã-Bretanha com portões fechados".

O documento do governo britânico disse que tornar os eventos esportivos acessíveis aos fãs "só pode ser possível posteriormente, dependendo da redução no número de infectados".

Porém, as diretrizes levantam mais uma dúvida para a F1: todas as pessoas viajando entre países terão que cumprir um período de isolamento de 14 dias. O documento diz: "todos os desembarques internacionais que não estejam incluídos em listas de exceção precisarão cumprir um isolamento de 14 dias a partir de sua chegada".

A grande dúvida para o campeonato é se o pessoal envolvido com o mundial poderá viajar da Áustria para a Inglaterra dentro das datas inicialmente planejadas (05 e 12 de julho na Áustria e 19 e 26 de julho em Silverstone). Caso não seja possível, isso já representaria mais um atraso no calendário de 2020.

Um porta-voz da F1 disse ao Autosport no domingo que a categoria "iria esperar para ver os detalhes e iniciar uma discussão com o governo sobre os nossos planos para reiniciar as corridas de modo seguro".

A estratégia da F1 para o retorno está baseada em testes para todos os envolvidos com o mundial, e foi apurado que a esperança da categoria é que esses testes negativos podem levar ao governo britânico autorizando as pessoas a entrar no país sem a necessidade de quarentena.

Veja como o coronavírus tem afetado o esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar os GPs da Holanda e da Finlândia, devido às restrições do governo local e pela falta de homologação da pista do país escandinavo. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto
A MotoGP cancelou oficialmente os GPs da Alemanha, Holanda e Finlândia. Para a Holanda, significa que o GP não fará parte do calendário da MotoGP pela primeira vez nos 71 anos de história do mundial
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres também foram canceladas no dia 1º de maio.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Em busca de garantir a realização da prova em 2020, a direção de Silverstone confirmou que o GP será realizado com portões fechados. No mesmo dia, a organização do GP da França anunciou o cancelamento da prova, se juntando à Mônaco
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas, bem como as etapas do Velopark, Londrina e Interlagos. O campeonato deve começar no Velo-Città no início de julho.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e pode voltar no final de maio.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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Luke Smith
Fórmula 1
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