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F1 tem reunião “construtiva” sobre teto orçamentário, mas sem decisões

Encontro online durou quatro horas, porém não rendeu maiores definições para a categoria

Lando Norris, McLaren MCL34, leads Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S.19, Carlos Sainz Jr., McLaren MCL34, and Nico Hulkenberg, Renault F1 Team R.S. 19

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

A cúpula da Fórmula 1 se reuniu nesta quinta-feira por meio de videoconferência com o presidente da FIA, Jean Todt, e os chefes da F1, Chase Carey e Ross Brawn, com o teto orçamentário no topo da agenda.

Desde a última reunião, Todt e Carey conversaram com as equipes individualmente, e os times enviaram suas ideias e números para uma discussão mais aprofundada. As equipes tiveram outra chance hoje de expressar suas opiniões.

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Uma mudança do valor planejado para 2021 de US$ 175 milhões (cerca de R$ 915 milhões) para US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 790 milhões) foi acordada em princípio várias semanas atrás, logo após a crise do Covid-19. No entanto, algumas equipes têm pressionado por um número menor, com a McLaren sugerindo até US$ 100 milhões (cerca de R$ 526 milhões) eram um objetivo realista.

As três grandes equipes têm resistido a um corte mais dramático, até porque precisariam fazer ainda mais cortes de pessoal.

Embora nada esteja definido, entende-se que a opção discutida hoje foi de um limite de US$ 145 milhões em 2021 (aproximadamente R$ 760 milhões) - cerca de US$ 30 milhões abaixo das regras atuais - com uma mudança para US$ 130 milhões (pouco mais de R$ 680 milhões) em 2022.

Esse padrão é lógico, pois permitiria às equipes de topo mais tempo para reduzir o tamanho, além de levar em conta o fato de que todos os concorrentes terão que implantar recursos extras em 2021 para projetar seus carros para as novas regras, que foram adiadas para 2022.

O valor de US$ 130 milhões tem algum significado extra, porque foi o que a F1 e a FIA originalmente propuseram quando apresentaram sua visão de futuro às equipes no GP do Bahrein de 2018.

No final da reunião de hoje, foi decidido reservar um tempo maior para discussão mais detalhada, antes de outra reunião online na próxima semana.

Outro assunto discutido foi o calendário. Parece cada vez mais provável que as primeiras corridas de 2020 na Europa ocorrerão a portas fechadas.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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