F1: Turquia descarta ocupar vaga deixada por Vietnã no calendário de 2021; entenda
Uma das principais tradições da cultura muçulmana poderia afetar a realização do evento em Istambul
Neste final de semana, a Fórmula 1 está de volta à Turquia após nove anos longe do calendário do Mundial. E apesar do GP deste ano estar sendo realizado sob circunstâncias especiais devido à pandemia, a organização da etapa segue reafirmando que quer voltar a integrar o esporte novamente, mas descarta ocupar a vaga deixada pelo Vietnã para 2021.
O GP do Vietnã seria a primeira corrida totalmente formulada dentro da gestão da Liberty Media, e faria sua estreia na temporada deste ano, mas a prova foi cancelada devido à pandemia e, posteriormente, a etapa foi excluída do calendário provisório de 2021.
A situação da Covid-19 no país não tem relação com o caso, já que o Vietnã registra um número baixo de casos em comparação com outros locais que a F1 deve visitar em 2021. Na verdade, a decisão foi tomada com base na prisão de um dos principais nomes da organização da etapa, acusado de corrupção em agosto deste ano.
Nguyen Duc Chung, presidente do Comitê de Pessoas de Hanói foi preso por suposta apropriação de documentos que continham segredos estatais, sem relação com o GP. Mas como ele foi uma pessoa essencial na construção do acordo com a F1, criou um impacto na etapa.
Com isso, a quarta etapa da temporada 2021, marcada para 25 de abril, entre os GPs da China e da Espanha, seguem em aberto e a Turquia, junto com Portimão, eram vistas como as principais candidatas para preencher esse vácuo. Mas a organização já deixou claro que não há como receber a F1 em Istambul em abril.
Vural Ak, presidente da Intercity, empresa responsável pelo circuito de Istambul Park, revelou em entrevista à agência Reuters, que houve negociações com a categoria para ocupar a vaga, mas descartou a realização da prova em abril porque a prova aconteceria durante o mês do Ramadã, importante período do ano para a população muçulmana.
"Nenhuma corrida é realizada durante o Ramadã em países muçulmanos, porque os fãs não querem ir no período de jejum. Por isso não fazemos corridas nesse momento".
Uma das maiores esperanças de Ak para ajudar a cimentar a permanência da Turquia seria a abertura de um espaço entre junho e setembro caso mais alguma prova não possa ser realizada durante a pandemia.
"Não queremos que seja algo único. Não colocamos tanto esforço nisso para ser apenas uma corrida. Nós vencemos a primeira rodada. Fizemos a corrida sem nenhum dinheiro público. Eles estão felizes, nós estamos felizes. E agora queremos vencer um jogo maior para os próximos anos".
"Acredito totalmente que poderemos superar esse processo de transição criado pela Covid-19 e receber a Fórmula 1 em Istambul pelos próximos dez anos. Podemos nos aproveitar das dinâmicas do setor privado e a força que temos com nossa economia emergente".
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