Ferrari descarta adotar asa dianteira similar à da Mercedes

Uma das grandes mudanças anunciadas ontem pela Ferrari para o carro de 2020 é a preocupação maior da equipe com o downforce. A montadora aceitou que foi um erro não buscar mais downforce com o modelo de 2019, ao optar por uma asa dianteira de baixo arrasto aerodinâmico, enquanto Mercedes e Red Bull foram por outro caminho, buscando um modelo mais propício para o downforce.

No lançamento, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, afirmou que parte da mudança de foco para este ano não inclui abandonar o conceito de asa dianteira da fábrica. Enquanto a versão apresentada ontem do SF1000 contava com a asa do ano passado, que também será usada nos testes e, muito provavelmente, a versão que será usada no GP da Austrália seguirá a mesma ideia.

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"Esta não deve ser a versão final ainda, mas certamente é a nossa base para começar, e vamos levar para os testes de pré-temporada", afirmou Binotto sobre a asa. "Nós não vamos mudar o conceito, vai ficar assim, mesmo com os testes que ainda serão feitos. Acho que esse é o conceito ideal para nós".

"Acho que melhoramos muito na downforce, não apenas através da asa, mas se você olhar para o carro, as pás giratórias especialmente. É algo de alta complexidade, eu diria. O carro inteiro, mais fino, faz a traseira e o difusor trabalharem melhor. Então eu acho que a downforce aumentou no geral".

O aumento de downforce vem com um aumento no arrasto, mas Binotto afirmou que ainda não tem certeza se encontrou o ponto ideal entre os dois.

"Certamente aumentamos muito nosso downforce. Fazendo isso aumentamos também o nível de arrasto, então acreditamos que teremos um carro mais rápido em curvas, mas talvez mais lento de retas", afirmou. "Qual é o balanço ideal? Acho que é difícil de saber, difícil de saber o que os outros estão fazendo também".