FIA: Decisão sobre Verstappen foi técnica, não pelo bem da F1
Diretor de provas do órgão máximo do automobilismo, Michael Masi nega que holandês tenha sido inocentado por politicagem
A pressão externa e o "bem maior" pela Fórmula 1 não influenciaram a decisão de não punir Max Verstappen no GP da Áustria, segundo o diretor de provas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Michael Masi.
Após a corrida, uma longa investigação foi realizada para avaliar o contato entre o piloto da Red Bull e Charles Leclerc, da Ferrari. No momento em que Verstappen ultrapassou o monegasco, o holandês acabou espalhando a tangência na curva em questão e os dois se tocaram.
Leclerc insinuou que o rival o forçou para fora da pista deliberadamente, mas os comissários desportivos da FIA, que contaram com a contribuição do multicampeão das 24 Horas de Le Mans Tom Kristensen, livraram Verstappen de qualquer gancho.
O resultado foi visto como importante para a F1, que recebeu críticas pelas decisões dos comissários sobre as batalhas mais significativas nos dois GPs anteriores. Em especial a punição a Sebastian Vettel no GP do Canadá, no qual o alemão acabou perdendo o triunfo para Lewis Hamilton após tomar gancho de 5 segundos no tempo de prova por retorno perigoso à pista.
Perguntado pelo Motorsport.com se as críticas anteriores à categoria pesaram na decisão do GP da Áustria, Masi disse que o papel principal da FIA no incentivo a corridas melhores é definir as regras e interpretá-las como possível, não fechar os olhos para eventuais irregularidades.
"A F1, a FIA, as equipes e os pilotos são todos parceiros para garantir que isso seja um sucesso e o mais forte possível", disse Masi. “Mas no final do dia, de ponto de vista regulatório, temos um livro de regras e um conjunto de regulamentos a serem aplicados”.
“Há vários outros processos e discussões para serem analisados se as regras mudarem, se mudarem e dependendo de como isso acontecer. Mas nosso papel é garantir que essas regras sejam aplicadas”.
O dirigente australiano assumiu o posto de diretor de provas antes do GP da Austrália após o falecimento de Charlie Whiting, que acumulava essa e outras funções na FIA e era um personagem fundamental do organograma da F1.
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