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FIA pede confiança às equipes da F1 na verificação do cumprimento de regras

A Federação afirmou que as equipes da F1 podem confiar no órgão para garantir o cumprimento de regras após a controvérsia com a Ferrari

Charles Leclerc, Ferrari SF1000

A investigação da FIA sobre a unidade de potência da Ferrari de 2019 para a Fórmula 1 - e a falta de divulgação dos resultados encontrados - levantaram não apenas grandes suspeitas das equipes rivais sobre a possível quebra de regulamento da Ferrari como também levaram à críticas à Federação.

No final, a FIA afirmou que não conseguiu provar que a Ferrari havia quebrado o regulamento, então chegou a um acordo privado com a equipe para encerrar o assunto.

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Uma das reclamações das equipes após o anúncio foi a incapacidade da FIA de entender o que a Ferrari havia feito, deixando questões sobre a capacidade da Federação de entender quando as equipes estão burlando o regulamento.

Reagindo a esses comentários, o presidente da FIA, Jean Todt, afirmou que, enquanto não é possível garantir que todas as quebras de regulamento sejam detectadas, ele tem fé de que o conhecimento técnico de seus funcionários, aliados a modernas tecnologias vão garantir que nenhuma tentativa passe despercebido.

"É provavelmente mais complexo agora mas, se você ver a organização atual da FIA no lado técnico em comparação ao que era, nunca esteve em um nível tão grande quanto esse", disse Todt em entrevista exclusiva ao Motorsport.com.

"Acho que em um mundo moderno, com denúncias e tudo isso, as coisas ficam mais difíceis para que os responsáveis peçam a alguns membros de suas equipes para serem cúmplices. Com as pessoas trocando de equipes, se torna algo difícil".

"Mas quero que você me responda: aconteça o que acontecer, você acha que é possível detectar tudo? A resposta é não".

GALERIA: Atual cúpula da F1 e da FIA tem relação histórica com Ferrari; entenda

Jean Todt, que hoje é que possui o maior poder do trio, foi diretor de corridas da Ferrari de 1994 a 2007 e CEO entre 2004 e 2009.
Ele foi o primeiro não italiano a ocupar uma vaga tão alta na equipe. Após 12 anos de Peugeot, ele foi recrutado por Luca di Montezemolo para tentar dar um fim ao jejum que vinha desde 1979.
A escolha não poderia ter sido mais certeira. No final de 1995, um convite a Michael Schumacher daria início a um grande período de vitórias, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores, de 2000 a 2004, além do campeonato de Kimi Raikkonen em 2007, o último da escuderia.
No dia 23 de outubro de 2009, Todt se elegeu presidente da FIA, cargo que ocupa até hoje.
Além de apoiar as mudanças na F1 que devem ser introduzidas em 2021, Todt tem destacado seu trabalho também na tentativa de diminuição de acidentes rodoviários.
Ross Brawn ocupa o cargo de diretor esportivo do Grupo Liberty, detentores dos direitos comerciais da F1, após a saída de Bernie Ecclestone. É o nº2 do organograma da companhia que toma conta da F1.
Atualmente, é o principal nome que está por trás das grandes mudanças dos regulamentos técnicos e esportivos da F1 para 2021.
Sua experiência como chefe de equipe de Schumacher em seu período mais vitorioso, de 2000 a 2004, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores.
Além do sucesso meteórico da Brawn GP em 2009 o colocam como figura respeitável nas mudanças.
O grego Nikolas Tombazis também vem do ‘casamento perfeito’ entre Schumacher e Ferrari, também vindo da Benetton, em 1997.
Seu cargo na escuderia italiana sempre esteve voltado à parte aerodinâmica, permanecendo na equipe de 1997 a 2003 em uma primeira passagem.
Em 2004 ele foi para a McLaren, retornando à Ferrari em 2006 como diretor de design de 2006 a 2014.
Antes de ocupar o cargo de chefe de monopostos da FIA em 2018, ele teve breve passagem pela Manor.
Ele também está por trás das principais mudanças prometidas pela F1 para o carro de 2021, que promete ajudar  categoria a ter uma competitividade mais próxima entre as equipes.
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VÍDEO: O acordo "secreto" da Ferrari que deixou rivais em choque na F1

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