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Fórmula 1 pode estender período de fechamento das fábricas

As fábricas das equipes podem ficar fechadas por mais de três semanas, segundo informações do chefe da Alfa Romeo

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Devido ao fato das primeiras oito corridas da temporada 2020 da Fórmula 1 terem sido adiadas ou canceladas devido ao Covid-19, a categoria decidiu adiantar as férias de verão, que obrigam o fechamento da fábricas das equipes, e aumentar a duração da pausa em uma semana. Ao invés de duas semanas em agosto, agora são três semanas entre março e abril.

Com isso, a F1 criou a oportunidade de acomodar algumas corridas no período do verão europeu, desde que a situação melhore até lá.

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Em uma entrevista via telefone com o Motorsport.com, o chefe da equipe Alfa Romeo, Frédéric Vasseur, indicou que o fechamento das fábricas pode ser estendido, com o objetivo de economizar dinheiro.

"Primeiro, temos a possibilidade de aumentar o período do fechamento ainda mais, para economizar dinheiro", disse Vasseur quando perguntado sobre qual será a situação da equipe após o fim das três semanas de fechamento. "Espero que no meio de abril tenhamos uma visão melhor da situação para o resto do ano e, a partir disso, poderemos começar a tomar decisões".

No momento, as equipes estão perdendo muita entrada de verbas, já que as corridas não estão sendo realizadas por causa do coronavírus. Por isso, é muito importante uma redução de custos. Vasseur sugeriu recentemente uma ou mais equipes da F1 não sobreviveriam à crise atual se não houver redução substancial nos custos.

De acordo com o francês, um dos maiores problemas é que a situação é muito imprevisível. "O problema é que não sabemos o quão profunda essa crise será", explicou Vasseur. "Não sabemos se vamos poder correr em Montral ou não".

Por enquanto, o promotor do GP do Canadá afirma que a corrida continua com seu planejamento original de 14 de junho.

"Hoje é difícil ter uma visão clara de qual será a situação e como ficará a temporada. Estamos com dificuldade de construir uma temporada forte, decente, mas nunca sabemos. No final, é difícil imaginar qual será o impacto para a equipe. Temos que ser reativos. Estamos trabalhando em planos, e planos B, C, todas as letras do alfabeto".

Obviamente, as equipes da F1 tem que seguir as medidas tomadas nos países em que estão baseados.

"No final, temos que entender que as decisões tomadas pelas autoridades são cada vez mais importantes e temos que lidar com a situação desse modo", concluiu.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina e Espanha também foram suspensas, com adiamento. No momento, o GP da França é o primeiro da temporada. Mas o multicampeão Valentino Rossi acredita que as etapas de França e Itália dificilmente serão realizadas na data inicial
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado. No momento, o GP do Canadá está marcado para ser o primeiro da temporada, no meio de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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Erwin Jaeggi
Fórmula 1
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