(colaborou Felipe Motta, de Xangai)
A decepção estava estampada na cara de Rubens Barrichello no momento do encontro com os jornalistas brasileiros, entre eles os do TotalRace, em Xangai. O piloto da Williams carregava em seu carro uma atualização essencial no carro, de assoalho e escapamento, que não deu certo. Resultado: Rubinho ficou atrás até do parceiro, Pastor Maldonado, que usa o mesmo carro da corrida anterior.
"Quando a gente saiu de manhã, o carro parecia estar melhor. Parecia que estavamos no caminho certo, mas começou a queimar o assoalho, deteriorar e, com certeza, no fim da segunda sessão, tudo estava perdido. Vamos fazer uma análise para tentar recuperar as partes. Do contrário, teremos de voltar com o carro da Malásia", explica Barrichello.
"De manhã, não usei pneus novos. Fiz vários exames de velocidade constante para mandar números à fábrica. Hoje à noite, teremos uma ideia melhor. Desde que fui para a pista na segunda sessão, disse que o carro não era o mesmo. Ele foi piorando, piorando... Não sei nem se a gente consegue correr com essas atualizações."
Para a corrida, a previsão do brasileiro não é das mais otimistas. Pelo contrário. "Essa é uma pista bem aerodinâmica. Não analisei os tempos, mas, pelo que vi, a Red Bull continua em outro planeta e será assim durante o ano. Vamos andar em média 2s5, 3s mais lento que eles", analisa o veterano, que comentou um pouco sobre a frustração.
"Quando você almeja demais algo que não se efetua, isso provoca uma frustração grande. Nos últimos três dias de férias, fiz várias voltas na minha cabeça, imaginando o que poderia ser, o que o escapamento podia trazer. Mas não foi nada perto dessa fantasia, ficou devendo demais. Agora vamos viver este momento para passar por cima, pois ficar chateado a vida toda não traz benefícios. Preciso ajudar a equipe no caminho, que parece perdido. Mas a gente acha."