Fórmula 1 GP da Itália

Funcionários da Renault protestam em Monza: "Sem F1, não há propósito"

Membros da Alpine mobilizam-se esta sexta-feira e lutam para que Luca de Meo reverta a sua decisão de abandonar o motor Renault em 2026

Alpine protestors from Viry-Chatillon

Foto de: Anaël Bernier - Horizons Multiples

A sexta-feira marca, conforme anunciado, o primeiro dia de mobilização do pessoal da Alpine, de Viry-Châtillon. Enquanto decorrem os treinos livres do GP de Itália, cerca de 100 funcionários da fábrica de motores da Renault lotaram dois ônibus para estarem presentes em Monza para se oporem à perspectiva de um abandono do motor de Fórmula 1 por parte do Grupo. Aos que ficaram na fábrica, há a mobilização para uma greve de um dia.

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“O objetivo da nossa presença hoje é ser ouvido”, disse Clément Gamberoni, porta-voz do Conselho Social e Econômico da Alpine em Viry-Châtillon, ao Motorsport.com. “Temos a sensação de que não estamos sendo ouvidos o suficiente. Apoiamos totalmente o projeto do motor de 2026, o projeto Alpine em todas as suas formas, mas acreditamos que Viry tem um motivo real para estar na F1. E sem F1, não há propósito”

“Há um projeto de transformação em andamento em Viry e nada foi decidido ainda, mas a decisão será tomada até 30 de setembro. Uma das propostas da direção é parar de fabricar motores de F1 em Viry a partir de 2026, e é por isso que viemos aqui, para dizer que o projeto é bom e que Viry precisa da F1. E se quisermos fazer outros projetos para a marca Alpine, podemos fazê-los, mas temos que fazê-los com a F1, pela atratividade e por tudo o que dissemos antes.”

Alpine protestors from Viry-Chatillon

Foto de: Anaël Bernier - Horizons Multiples

Os colaboradores presentes em Monza, com braçadeiras pretas nos braços e faixas expostas, insistem no caráter pacífico e construtivo desejado para a sua mobilização nesta fase. O seu único desejo é fazer com que o CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, os ouça, na esperança de que acabe por manter o projeto do motor de F1 em 2026.

"Este é o início da nossa ação. Estamos conversando, é um primeiro passo. O que você pode ter certeza é que somos apaixonados. Estamos muito orgulhosos de ver uma F1 correndo com o nosso motor. E vamos colocar toda a nossa paixão em tentar ser ouvidos. Não queremos ser contra nada, queremos estar ‘com’ e queremos apresentar argumentos para mudar a opinião do nosso chefe até 30 de setembro, então daremos outras soluções."

"[Mas] esse não é o assunto de hoje. Hoje o tema é que talvez Luca de Meo possa mudar de ideia e compreender os nossos argumentos, ver a prova de que já temos um motor que está para funcionar em 2026. Estas não são apenas palavras, estes são fatos O motor está funcionando. Queremos operar esse motor porque acreditamos que pode ser um dos melhores, porque 2026 será uma nova era regulatória.

Alpine protestors from Viry-Chatillon

Alpine protestors from Viry-Chatillon

Foto de: Anaël Bernier - Horizons Multiples

Um verdadeiro risco social

Seja pela voz de Bruno Famin, seja pela voz de Flavio Briatore depois, a ideia de parar o projeto e a fabricação de motores sempre foi apresentado como isento de qualquer demissão. Um cenário confirmado pelo CSE mas que, no entanto, evidencia um risco social muito identificado.

“Temos muitos trabalhadores contratados que trabalham em Viry”, explicou Clément Gamberoni. “Se a decisão for tomada até 30 de setembro, eles não terão mais trabalho até o final do ano. Isso diz respeito a cerca de 200 pessoas. Os mercados francês e europeu, na Inglaterra, na Itália, na Áustria, na Alemanha também estão envolvidos. Não estamos falando apenas das pessoas de Viry, é toda uma rede que se reúne para fazer a F1.”

Questionado sobre os recentes progressos alcançados no motor 2026, alguns dos quais foram divulgados pelo CSE na semana passada, ele concluiu: “Não diria que estamos a trabalhar a plena capacidade neste momento, porque é bastante complicado em Viry, o contexto social é bastante delicado, mas as pessoas continuam a trabalhar porque querem obter resultados.”

Os sentimentos de Gamberoni são refletidos nas pessoas que estão no grupo, segundo também aprurado pelo Motorsport.com. A paixão pelos membros da fábrica, aliadas às primeiras boas impressões que a nova unidade de potência trouxe, deixam todos de 'Viry' decepcionados quanto à decisão de abandonar um projeto já em andamento.

Ainda não se sabe se Luca de Meo, CEO da Renault, mudará de ideia, mas há a união de todo o grupo da fábrica de "nunca desistir" do trabalho com a F1.

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