Gasly lamenta por Kvyat após assumir vaga na Toro Rosso
Francês pondera e diz que mudança é natural no esporte e garante que não terá meta definida para seu primeiro GP na F1
Estreante na F1 neste fim de semana, Pierre Gasly admitiu que lamenta pela situação vivida por Daniil Kvyat, que abriu espaço para sua chegada na Toro Rosso.
Atual campeão da GP2, Gasly, protegido da Red Bull de longa data, assumirá o cockpit do russo pela primeira vez no GP da Malásia.
“Infelizmente, é assim que as coisas são nesse esporte”, disse Gasly, que também revelou que não teve a chance de conversar com Kvyat antes de chegar a Sepang.
“Ele esteve em minha posição antes de entrar na F1, esperando por sua chance. Então, ele teve de assumir o cockpit que antes era de alguém.”
“Claro que lamento por ele. Ele é um piloto realmente bom e talentoso. Infelizmente isso está acontecendo e eu vou assumir seu cockpit. Tenho certeza de que o veremos de volta ao grid em algum momento, talvez.”
Gasly disse que ficou sabendo de sua chegada à F1 por mensagem de texto na segunda-feira.
A Toro Rosso ainda não especificou por quanto tempo ele ficará com a vaga, mas há uma posição em aberto para 2018, já que Carlos Sainz está de mudança para a Renault.
“No momento, não sei quantas corridas eu farei na F1. Não há nada confirmado”, disse Gasly.
“A equipe me disse para focar neste fim de semana e tentar fazer o meu melhor. A F1 é nova para mim, será meu primeiro GP, mas não há uma meta real.”
Sainz, que bateu Gasly para vencer o título de 2014 da Fórmula Renault 3.5, espera que ele seja competitivo imediatamente.
“Ele fez tudo corretamente para estar aqui e também tenho certeza de que a Red Bull não colocaria no carro alguém que não seja capaz de estar no ritmo imediatamente e marcar pontos para ajudar a equipe”, disse o espanhol.
Questionado se lamentava por Kvyat, Sainz respondeu: “No meio da temporada, quando você está focado em sua pilotagem em 2017, você não pode se deixar afetar por aquilo que acontece do outro lado da garagem.”
Gasly se torna o terceiro francês no grid ao lado de Romain Grosjean e Estaban Ocon – ambos que, curiosamente, também estrearam na categoria com a temporada já em andamento, respectivamente com Renault em 2009 e Manor em 2016.
Grosjean revelou torcer para que a Toro Rosso dê a Gasly mais estabilidade do que ele próprio recebeu quando guiou pela Renault.
“Me disseram: ‘Basicamente essas corridas até o fim do ano são para aprendizado, você não será julgado com base nisso. Depois você terá a pré-temporada para se preparar’”, lembrou Grosjean.
“Infelizmente, não foi meu caso. Isso poderia ter custado minha carreira. Acredito no que a Toro Rosso está fazendo: preparando Pierre para se tornar um piloto em tempo integral no ano que vem para deixá-lo o mais bem preparado possível desde o começo.”
Reportagem adicional de Jonathan Noble e Lawrence Barretto
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