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GP Brasil: Traçado, torcida e até churrascaria fazem sucesso com pilotos

Pista é unanimidade e há quem compare o clima da torcida na corrida de Interlagos com o GP da Itália

Pilotos elogiam a pista de Interlagos

Fãs da pista de Interlagos, da torcida brasileira ou até mesmo da comida, os pilotos ouvidos pelo TotalRace se preparam para a última etapa do ano no GP do Brasil, entre os dias 25 e 27 de novembro. Para Felipe Massa, dono de vitórias em 2006 e 2008 – a terceira, em 2007, só não veio por um jogo de equipe para garantir o título de Raikkonen – é chance de começar a dar a volta por cima.

“Correr em casa é difícil de explicar. E não é só comigo, que tive ótimos resultados no Brasil. Em todo esporte, como futebol por exemplo, quem joga em casa joga melhor. Por quê? Eles nem treinam no campo em que jogam, é só a torcida [que faz diferença] . Tive três poles e duas vitórias e meia. A força da torcida te dá uma força extra. Então espero fazer uma excelente prova no Brasil, tanto para mim, que não tive a temporada que esperava, quanto para a torcida brasileira.”

Quem também se diz empolgado para a etapa em São Paulo é Lewis Hamilton, que inclusive promete uma surpresa para a corrida.

“Estou muito animado para ir ao Brasil. Todo ano é muito especial ter o último GP lá. É o melhor lugar para ter a última prova. Tenho fãs incríveis lá, os quais estou muito animado para ver. Também quero comer no Fogo de Chão, que tem uma comida muito boa. E tenho uma surpresa especial para lá.”

Já Fernando Alonso destaca o desafio de acertar uma volta em um circuito curto como Interlagos. “O circuito é certamente muito difícil para o piloto, devido ao fato de haver apenas seis curvas e ser possível extrair o máximo delas. Além disso, os tempos são muito apertados. É interessante porque oferece a oportunidade de fazê-lo procurar o limite nestas seis curvas, mas é muito difícil conseguir. É um circuito muito especial por isso e também pela tradição de gerar grandes corridas que Interlagos tem.”

O espanhol diz gostar da ideia de terminar o campeonato no Brasil. “O fato de ser a última corrida também é especial por ser a despedida de muita gente, de mecânicos, pilotos e engenheiros que não vão se ver durante meses ou mesmo daqueles que decidem mudar de área e estão fazendo seu último GP. Portanto, que isso ocorra no Brasil é mais divertido do que em outros lugares.”

Mas o final de semana de GP de Brasil também é de muito trabalho, especialmente, é claro, para os pilotos locais. Pensando nisso, Bruno Senna já programou sua agenda para ter tempo para a família, os compromissos e ainda não perder o foco no que realmente importa.

“Vai ser bom encontrar meus avós, minha mãe e minhas irmãs. O plano é ir cedo para fazer tudo o que puder antes. Depois disso, começa a loucura, porque teremos várias atividades com patrocinadores e com a imprensa. A partir de quarta-feira, já não vou ter quase nada para poder me concentrar no final de semana.”

Trata-se de um banho de água fria nas pretensões de seu companheiro de Renault, Vitaly Petrov, que esperava contar com o brasileiro como guia na capital paulistana.

“Acho que é uma pista ótima. O clima também é muito bom porque as pessoas realmente gostam de F-1 lá, então é sempre um prazer ir. A corrida é sempre difícil porque o tempo muda. Fomos em alguns bons restaurantes ano passado. Se quiser ir para algum lugar, vou perguntar para o Bruno, porque ele conhece tudo. “

Já Vitantonio Liuzzi se sente em casa. Para o italiano, a atmosfera da torcida lembra muito Monza.

“É um circuito maravilhoso, histórico. Grandes pilotos correram lá. E o clima de estádio é maravilhoso no domingo, quando fazemos a volta no caminhão e antes da largada. Os brasileiros são ótimos, fazem me sentir em Monza, onde se vê muita paixão pelo esporte a motor. Acho que isso torna o Brasil tão especial.”

Sebastien Buemi concorda com o piloto da Hispania. O suíço da Toro Rosso espera ainda que o carro se adapte bem ao circuito de Interlagos.

“Estou definitivamente animado para a corrida porque acho que será uma boa corrida para nosso carro. Além disso, o Brasil é um pouco especial, é único e gosto de ir para lá. O clima é sensacional, dá para comparar um pouco com Monza. O tempo é um pouco imprevisível às vezes, então acho que vamos ter uma boa corrida.”

Seu companheiro Jaime Alguersuari segue na mesma linha. “Se a equipe não cometer nenhum erro no pit stop ou na estratégia, acho que nosso carro se adapta muito bem ao circuito, com curvas rápidas.”

DJ nas horas vagas, o espanhol também espera poder dar uma palhinha no país. “É um país de muitos músicos, muitos artistas e seria um prazer se pudesse tocar no Brasil.”

Nico Rosberg, por sua vez, embalado pelos bons resultados da Mercedes nas últimas provas, espera colocar água no chope da torcida brasileira.

“É a última prova e acho que o Brasil será emocionante e espero que consigamos obter um resultado semelhante a Abu Dhabi. Estive muito próximo de Felipe [Massa] na Ferrari, então veremos se na próxima prova posso batê-lo.”

(colaborou Luis Fernando Ramos)

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